19/02/19 11h47

Monitor do PIB aponta crescimento de 1,1% da economia em 2018

Fundação Getúlio Vargas

O Monitor do PIB-FGV sinaliza que o PIB cresceu 1,1% no ano de 2018. Pela ótica da oferta, apenas as atividades de construção e serviços de informação apresentaram retração quando comparadas com 2017 (-2,4% e -0,1%, respectivamente). Por sua vez, pela ótica da demanda, todos os componentes cresceram no ano, sendo a exportação o único componente a apresentar crescimento de 2018 menor do que o verificado em 2017.

“A economia brasileira cresceu 1,1% em 2018, mesmo crescimento apresentado no ano de 2017. O resultado é muito abaixo do previsto no início daquele ano. Este resultado é decepcionante quando se leva em consideração que ocorreu após dois anos consecutivos de forte retração econômica e de um crescimento com trajetória ascendente em 2017. A economia não apresentou o mesmo fôlego de retomada em 2018 que teve em 2017 ficando praticamente estagnada no decorrer do ano. A forte incerteza que permeou a economia, com destaque para a greve dos caminhoneiros e para o período eleitoral, influenciou muito nesse resultado. Foi um ano perdido”, afirma Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV

Neste número, o Monitor do PIB-FGV, além dos resultados usuais, divulga informações de valores anuais a preços correntes e a preços de 2018. Uma análise mais detalhada sobre esses valores, como o PIB per capita e a produtividade dos 12 setores de atividade, encontra-se a partir da página 5 deste relatório. Estas informações encontram-se disponíveis no arquivo Excel anual do Monitor do PIB-FGV.

Na análise trimestral, o PIB apresentou, na série com ajuste sazonal, estagnação no quarto trimestre, em comparação ao terceiro trimestre e, com relação ao quarto trimestre de 2017, o resultado foi de crescimento de 1,0%. Chama atenção que a indústria apresentou retração nas duas métricas citadas. 

Na análise mensal, o PIB apresentou queda de 0,4% em dezembro, tanto na série com ajuste sazonal (na comparação com novembro), quanto na série original (na comparação com dezembro de 2017). A indústria também apresentou retração nestas duas métricas (-0,8% e -3,1%, respectivamente). Na comparação com dezembro de 2017, além da indústria, também, houve quedas expressivas no comércio (-2,6%), na formação bruta de capital fixo (-1,8%), no imposto (-1,7%) e, na importação (-6,8%).