16/07/10 11h59

Padaria diversifica para atrair clientes

DCI

O mercado de padarias segue a linha de expansão de franquias, supermercados, pizzarias e drogarias que buscam espaços com o maior fluxo possível de clientes. Tanto que a rede Benjamin Abrahão, por exemplo, hoje possui 12 pontos de atendimento em São Paulo, localizados em bairros nobres, e nove delas dentro de universidades, em praças de alimentação de instituições como Mackenzie, PUC e Uninove. Outra que mira a expansão é a padaria Leão XVIII, que almeja abrir mais uma loja no próximo ano. Além delas, a tradicional butique de alimentos da capital, a Galeria dos Pães, que envolve também a padaria Dengosa, deve expandir fisicamente seu negócio para atender mais clientes.

A primeira unidade da rede Benjamin Abrahão foi inaugurada em 1976 se chamava Barcelona e ficava na Praça Vilaboim, em São Paulo. A próxima que veio a ter o nome do proprietário, Benjamin Abrahão, foi construída em 1987, agora na Rua Maranhão, no bairro de Higienópolis. Com isso, o negócio foi expandindo e se formou uma rede hoje com 12 unidades em São Paulo, com espaços nas universidades Mackenzie, Uninove Memorial, Uninove Santo Amaro e Barra Funda e PUC. Em outubro de 2007, foi construída a Benjamin Abrahão "Jardins", com produtos selecionados.

"Diariamente, atendemos aproximadamente 13 mil pessoas, com vendas de aproximadamente 252 mil pães franceses todos os meses, carro-chefe da rede, com o foco no atendimento do público A e B. Oferecemos serviço personalizado como: coffee breaks, coquetéis, brunch e confraternizações, para que o cliente possa ter tudo o que precisa no mesmo lugar", afirmou Antonio Moraes, Gerente da rede Abrahão.

Localizadas no bairro Bela Vista, em São Paulo, as padarias Galerias do Pães e a Dengosa, que têm como dono Milton Guedes, são exemplos de busca constante por novos conceitos de vender pão. Na Galeria dos Pães, por exemplo, passam cerca de 5 mil pessoas por dia, e o tíquete médio é R$ 9,80 (US$ 5,4). Baseado nestes números, o faturamento médio gira em torno de R$ 1,470 milhão (US$ 817 mil) por mês, dizem especialistas no varejo.

A unidade menor, porém mais antiga do grupo, a padaria Dengosa estima faturar em média no mês R$ 440 mil (US$ 244 mil), sendo que as lojas atendem o público A e B. Com o diferencial de atendimento, há o aumento pelo serviço personalizado, sendo que a padaria tradicional não segue a regra e de ter o pão francês como carro-chefe, tanto que a empresa atualmente divide seu faturamento em torno 15% cada segmento atuante, que seriam por exemplo as áreas de lanchonete, além de mezzanino, pães, frios, encomendas, mercearia e também bebidas.

Localizada no Jardim São Bento, na capital paulista, a padaria Leão XVIII vê mudança no paradigma de uma padaria. Tanto que a área de confeitaria é 30% do faturamento, seguida aí sim pela padaria, com 20%, e o restante divido em self service, pizzaria e atendimento com balcão. O gerente da loja, Silvestre Moreira, conta que a loja segue o foco de atendimento personalizado para o público A e B, e que para o próximo ano deve abrir um a outra loja. "Temos intuito de abrir outra loja para aumentar o número de clientes e personalizar o atendimento."

Atualmente, o Brasil possui em média 63.200 padarias que são frequentadas por 40,42 milhões de consumidores e representam um faturamento anual acima de R$ 44,98 bilhões (US$ 25 bilhões), dos quais cerca de R$ 21,11 bilhões (US$ 11,7 bilhões) em itens de marca própria. O setor tem crescido em 6% ao ano e representa 2% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de São Paulo (Sindipan), Antero José Pereira. No Brasil, 25% da população faz as refeições fora de casa, e hoje, São Paulo detém 1,3% do setor.