15/09/14 17h07

País atraiu 18 novas petroleiras desde 2013

Valor Econômico

A abertura do mercado mexicano, alinhada à previsibilidade do governo colombiano, ao promover leilões a cada dois anos, tende a acirrar a competição com o Brasil por investimentos estrangeiros. Apesar da concorrência com seus vizinhos da América Latina, cresce o número de petroleiras estreantes no país. Ao menos dezoito empresas entraram no Brasil desde o ano passado, quando a ANP retomou as rodadas de licitações.

O destaque ficou com as gigantes chinesas CNOOC e CNPC, que integram, com 10% cada uma, o consórcio que arrematou o campo de Libra, no 1º leilão do pré-sal. Em geral, no entanto, a lista das estreantes é dominada por pequenas e novas petroleiras ou grandes companhias com expertise em outros setores.

Este é o caso da mineradora australiana BHP Billiton e a franco-belga GDF Suez. Grandes consumidoras de combustíveis, as multinacionais decidiram entrar na América Latina através da aquisição de blocos nas rodadas da ANP em 2013. A BHP tem como meta para este ano produzir globalmente 671 mil BOE/dia, enquanto a GDF produz, em média, 142 mil BOE/dia no mundo.

A GDF entrou no mercado brasileiro de óleo e gás decidida a explorar gás nas bacias terrestres Parnaíba e Recôncavo, exclusivamente para geração termelétrica, mas avalia agora adquirir blocos marítimos. "Seria mais fácil para nós encontrarmos um grande potencial [de gás] terrestre. Por outro lado, as bacias com o maior potencial são offshore", afirmou Diane Defrenne, especialista de exploração e produção da GDF Suez para a América Latina.

A paranaense Copel foi outra empresa elétrica que também começou a apostar na exploração de gás e arrematou quatro blocos na Bacia do Paraná, na 12ª Rodada, em consórcio com a Petra, Tucumann e Bayar. Essas duas últimas são companhias brasileiras que também entraram no setor em 2013.

As mais novas estreantes são a AziLat, do grupo americano Azimouth, e a tailandesa PTTEP, que estão investindo na Bacia de Barreirinhas. Com uma produção global de 330 mil BOE/dia, a PTTEP, que atua em países como Quênia, Myanmar e Vietnã, entrou no Brasil este ano, ao comprar uma fatia de 25% da BG em quatro blocos. A Azilat também entrou no país este ano, ao adquirir 25% de participação em quatro áreas arrematadas pela também estreante Chariot, na 11ª Rodada.

A britânica Chariot tem planos, ainda, de participar da 13ª Rodada, prevista para 2015. "Estamos vendo com uma expectativa otimista nossa participação no Brasil. Queremos ampliar nossa carteira", comenta Duncan Wallace, gerente de exploração da empresa, que também atua na Namíbia e Mauritânia.

Ainda na lista das estreantes, estão petroleiras como a brasileira Ouro Preto, do empresário Rodolfo Landim, a Geopark, a Novapetróleo, Trayectoria, a espanhola Cepsa, a G3 Óleo e Gás, a canadense Niko Resources e a escocesa Premier Oil.