02/07/20 12h11

Raízen deve apresentar plano contra queimada em Santa Bárbara

O prefeito Denis Andia (PV) chegou notificar a empresa e os órgãos ambientais sobre os incêndios cada dia mais frequentes

Todo Dia

A direção do Grupo Raízen, que administra a maior parte das glebas cultivadas com canaviais em Santa Bárbara d’Oeste, deve apresentar até segunda-feira (6) um plano detalhado para o controle das queimadas no município.

O prefeito Denis Andia (PV) chegou notificar a empresa e os órgãos ambientais sobre os incêndios cada dia mais frequentes, ocorridos principalmente em áreas de plantio próximas ao perímetro urbano.

A primeira notificação do prefeito aconteceu em maio, mas a situação se agravou desde então. A queixa foi encaminhada à Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), Polícia Militar Ambiental, Ministério Público, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros.

“A Raízen precisa melhorar o controle preventivo e ampliar a estrutura de combate aos incêndios no período de estiagem”, disse Andia. “A conversa foi dura e necessária”, completou.

A empresa informou que já mantém um esquema montado com a disponibilidade de caminhões-pipa, agentes e brigadistas para ação nas ocorrências. Mas não detalhou como pode ser mais eficiente no controle das ocorrências.

Para Andia, é essencial que exista mais agilidade na comunicação entre as equipes de monitoramento do grupo e a Guarda Municipal, a Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros e as empresas instaladas próximas aos canaviais.

Ele sugeriu também obras viárias nas estradas rurais, de forma que o escoamento da produção de cana não dependa do tráfego dos caminhões por dentro da cidade.

As empresas que administram os canaviais são as responsáveis legais pelas queimadas, mas as cidades se movimentam com ações da Operação Estiagem. Em Santa Bárbara, o escritório local da Defesa Civil tem o apoio de um comitê gestor, constituído por representantes de cada secretaria municipal.

Cabe ao grupo planejar, coordenar e executar programas preventivos e de controle da estiagem, a partir do acompanhamento diário das condições atmosféricas e das vistorias de campo.

Também fica a cargo do comitê elaborar planos de ação e emitir alertas sobre a baixa umidade relativa do ar, grande responsável por doenças respiratórias na época mais fria do ano.