28/03/23 13h13

Sustentabilidade é um dos focos do Parque Tecnológico de Sorocaba

Empresas e startups instaladas no Parque desenvolvem soluções nas áreas de energia limpa e meio ambiente

Cruzeiro do Sul

Pelo menos 10 empresas, entre startups e entidades, desenvolvem projetos voltados ao setor de energia limpa, sustentabilidade e meio ambiente no Parque Tecnológico de Sorocaba. Uma startup, por exemplo, criou um método para dar a correta destinação às baterias de veículos elétricos. Até o início de janeiro de 2023, no total, 48 entidades estavam instaladas no PTS, sendo 41 empresas e sete laboratórios de universidades, em suas dependências internas e externas.

Inaugurado em junho de 2012, o PTS é um espaço para que empresas, universidades e institutos instalem laboratórios de pesquisa para desenvolverem novos produtos e serviços. Segundo a Prefeitura de Sorocaba, hoje, existem pelo menos 10 empresas e startups ligadas à área de energia, sustentabilidade e meio ambiente, são elas: Adcomp, Deltha Wind, ArthWind, VA Engenharia, Yágua, Ministério da Agricultura, Sensaiotech, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Vida Maker e Dínamo Energia. “São empresas de variados portes, desde startups até uma grande universidade e também o próprio Ministério da Agricultura”, informa.

“A importância de haver esse pool de empresas e instituições com foco nessas áreas, em ESG (em português, Ambiental, Social e Governança), é enorme, tendo em vista, principalmente, a relevância que o tema vem adquirindo em todas as relações comerciais, de qualquer segmento”, destaca o presidente do Parque Tecnológico de Sorocaba, Nelson Cancellara.

A startup VidaMaker, que desenvolve soluções de energia sustentável, busca, por meio da economia circular, dar a correta destinação às baterias de veículos elétricos. A greentech do ramo de soluções tecnológicas e eficiência energética desenvolveu um projeto para resolver o problema da chamada logística reversa, mas depende de recursos para colocá-lo em prática.

O CEO da Vida Maker, Leandro Batista, afirma que o descarte desses materiais precisa ser correto para, principalmente, não comprometer o meio ambiente. Conforme ele, as baterias, depois de usadas, se tornam rejeitos para as indústrias automobilísticas. “Assim, nossa ideia é dar uma segunda vida a essas baterias, usando a economia circular, cujo conceito associa o desenvolvimento econômico a um melhor uso dos recursos naturais”, complementa.

Batista ressalta ainda que essas baterias podem ser transformadas em miniusinas de energia elétrica renovável capazes de alimentar até mesmo uma casa. “Pode ser utilizada também em moradias ribeirinhas, no agronegócio e até mesmo em escolas e hospitais”, destaca.

Por isso, há a necessidade de buscar investimento para aperfeiçoar o modelo de negócio. “Nós sabemos como implantar este modelo de negócio, como reaproveitar essas baterias, mas é preciso apoio ou parceria da iniciativa pública ou privada”, ressalta Leandro Batista. “Uma bateria que iria para o lixo e poluiria o meio ambiente, nós conseguimos reaproveitá-la de maneira eficiente e sustentável”, aponta.

Para Batista, atualmente, a logística reversa de baterias de carros elétricos ainda é um desafio para a indústria automotiva. “Como as baterias são compostas por materiais tóxicos e altamente inflamáveis, é preciso garantir o descarte seguro e sustentável para evitar danos ao meio ambiente e à saúde das pessoas”, ressalta. Para mais informações: (15) 99860-8733 ou (vidamaker.com).

A Vida Maker também conta com o apoio do Polo de Energias Renováveis do Sebrae-SP. “A startup é sensível às dores dos usuários e das pessoas envolvidas e consegue carregar na tecnologia soluções para pessoas”, afirma Juliana Borges do Sebrae-SP. “Eu diria até mais: que a Vida Maker tem um modelo mental centrado na vida, desde pensar em soluções que sejam inteligíveis para vários níveis de compreensão do público, soluções às dores do dia a dia para um usuário leigo e até um usuário mais experimentado”, destaca .

Outros projetos sustentáveis

De acordo com o PTS, outras empresas e startups também possuem projetos sustentáveis e voltados para o meio ambiente. Delta Wind e Adcomp são empresas voltadas ao segmento de energia eólica. Já a ArthWind também é dessa área, porém, com foco em manutenção e com utilização de drones para esse fim.

Já, a VA Engenharia está voltada ao campo da energia solar e tem, atualmente, um projeto de desenvolvimento de usina fotovoltaica. A Yágua é uma startup com foco em soluções para lidar com a perda de água e vem desenvolvendo grandes cases.

A Sensaiotech está ligada a projetos de agricultura de precisão, problemas climáticos e previsão de grandes incêndios. Além disso, com projetos ligados à tecnologia IoT (Internet das Coisas), a startup já ganhou prêmios.

A UFSCar desenvolve pesquisas na área ambiental e tornou-se uma das referências nesse segmento. E a Dínamo é dedicada à consultoria também nesse cenário de energia sustentável.

Fórum Sorocaba 2050

A cidade recebe nos dias 17 e 18 de abril o evento “Fórum Sorocaba 2050”. Além de palestras sobre cidades inteligentes, economia circular, empreendedorismo, desenvolvimento econômico, tecnológico e sustentável, o fórum terá debate sobre o futuro da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), no PTS. As inscrições para o “Fórum Sorocaba 2050” já podem ser realizadas pelo link: https://tinyurl.com/forumsorocaba2050.

 

Fonte: https://www.jornalcruzeiro.com.br/sorocaba/noticias/2023/03/712241-sustentabilidade-e-um-dos-focos-do-parque-tecnologico-de-sorocaba.html