09/01/19 13h15

Venda de veículos cresce 40% em Sorocaba

Resultado de dezembro confirma otimismo; no ano a alta foi de 14%, mesmo porcentual do País

Jornal Cruzeiro do Sul

Sorocaba registrou crescimento de 40% na venda de veículos novos no comparativo entre dezembro de 2018 e o mesmo mês de 2017, apontam dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O número de emplacamentos passou de 1.369 para 1.919. Houve aumento, também, ao comparar os acumulados de 2018 e 2017: 16.412 veículos ante 14.359, o que significa alta de 14,3%, mesma proporção registrada no País.
Em dezembro de 2018, conforme a Fenabrave, o número de emplacamentos, como de costume, foi puxado pelos automóveis, com 1.460. Depois, vieram motos (326), comerciais leves (116) e caminhões (17) — não houve venda de ônibus no mês passado. Em relação a novembro de 2018 (1.319), as vendas do mês passado foram 45,5% maiores.
No acumulado de 12 meses de 2018, os números em Sorocaba foram os seguintes: 11.265 automóveis vendidos, 3.719 motos, 1.075 comerciais leves, 340 ônibus e 313 caminhões. Se o comparativo entre 2018 e 2017 representa crescimento de pouco mais de 14%, quando são observados o ano passado e 2016 o registro é ainda mais expressivo: houve elevação de 17,6%, a partir da diferença de 13.949 para 16.412 veículos vendidos.
Os números do último mês confirmam as expectativas de gerentes de concessionárias ouvido pelo Cruzeiro do Sul no início de dezembro. “A gente pensa em aproveitar essa ‘maré boa’. Se a gente continuar da forma que vínhamos fazendo em novembro, dezembro vai ser de sucesso”, previa Evandro Alamino Bergara, da Fiat Soma Campolim.
Thiago Augusto Lopes Araujo, da Bicudo Campolim, também demonstrava otimismo. “Em 2017, fiz em dezembro um volume 21% maior do que faço naturalmente e estimo manter neste ano (2018)”, dizia.
O presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, fez uma análise sobre o ano passado no setor automotivo. “Iniciamos 2018 com uma expectativa de alta mais moderada, porém, em função da melhora, mais acentuada, da economia e da confiança do consumidor e investidores, ao longo do ano, o desempenho foi maior do que o esperado. Mesmo com acontecimentos negativos, como a greve dos caminhoneiros, em maio, e a indefinição política no período pré-eleitoral, o mercado continuou em ritmo de alta”, disse.
O mercado, segundo ele, reagiu bem ao resultado das eleições. “Os índices de confiança e de expectativas, tanto dos consumidores como dos empresários, refletiram otimismo com a apuração das urnas.”
Para as vendas de automóveis e comerciais leves, Alarico atribui a alguns fatores específicos. “A queda da taxa de juros e a melhora da inadimplência geraram uma maior oferta de crédito”, avalia.