15/12/16 14h48

Aceleradora da FGV gradua primeira turma de startups

As startups Bossabox, Lavamos Nós e LegaLX fizeram um pitch de suas empresas para uma plateia de especialistas

Pequenas Empresas & Grandes Negócios

A Fundação Getulio Vargas anunciou na última terça-feira (13/12) a lista de startups formadas pela primeira turma da GVentures, a aceleradora de negócios da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV.

A entidade é a única aceleradora universitária do país que não cobra taxas das empresas aceleradas e também não exige participação nos negócios. O trabalho feito pela GVentures é, sobretudo, de mentoria, networking e ajuda para o desenvolvimento de startups em fase muito inicial.

"Percebemos que faltam atores na fase seed da empresa, quando existe pouco mais do que a concepção da ideia”, disse Gilberto Sarfati,  professor de empreendedorismo da universidade e gestor da GVentures. Das quatro startups que iniciaram o processo de aceleração em agosto deste ano, três se formaram. “Uma delas ainda estava numa fase muito inicial e os alunos decidiram pivotar a ideia.”

Na cerimônia de graduação, os empreendedores fizeram pitchs de seus negócios e foram sabatinados por uma plateia formada por mentores e especialistas em empresas e tecnologia. Sarfati também aproveitou para anunciar as startups que farão parte da turma de 2017 da GVentures: Call A Budy, GlucoGear, Hisston, IOOU, oiRH e Simbiose Social.

Veja a seguir as três startups graduadas na primeira turma da GVentures:

Bossabox: a empresa desenvolve um marketplace de gerenciamento de software sob medida. A ideia é que empreendedores que desejam desenvolver uma plataforma possam contratar toda a equipe de desenvolvimento e administrar a evolução de seus produtos pela Bossabox. Com um banco de dados de profissionais freelancers, a startup desenvolveu um algoritmo capaz de rastrear e eleger as melhores pessoas para cada projeto, de acordo com a demanda do empreendedor. "A nossa diferença para uma softwarehouse é que conseguimos ser muito mais rápidos, já que não precisamos marcar várias reuniões pessoais com o cliente para acompanhar o projeto, e o nosso custo é muito menor, por não precisarmos de um espaço físico”, disse um dos fundadores da Bossabox, Giovanni Salvador.

Lavamos Nós: a startup desenvolve um aplicativo de lavanderia que trabalha em parceria com lavanderias de bairro. Cobrando um preço abaixo do praticado pelos estabelecimentos, o sistema é totalmente digital: o cliente só precisa agendar a data em que a lavanderia deve ir buscar suas roupas. A empresa parceira é responsável pela identificação das peças (o custo do serviço é enviado ao consumidor assim que todas são checadas), pela lavagem e devolução. Em troca, recebe uma gama maior de clientes que preferem o conforto do aplicativo a uma visita ou ligação à lavanderia.

LegaLX: os empreendedores desenvolveram um software capaz de sistematizar a produção de petições jurídicas para o Juizado de Pequenas Causas. O usuário apenas precisa preencher variáveis do documento, que é gerado instantaneamente na internet, e fazer a assinatura digital (que são permitidas pelos juizados especiais). A LigaLX também é responsável por protocolar a petição no tribunal. O negócio, por enquanto, funciona apenas para o desenvolvimento de petições simples com foco em questões ligadas a empresas de aviação, como atraso de voos, extravio de bagagens e overbooking. O plano, contudo, é expandir o serviço para oferecer outros tipos de petições nos próximos meses.