10/02/17 14h48

Aplicativo ajuda detectar doenças em plantas a partir de fotos

Única exigência para os agricultores é foto com boa qualidade, que atendam as especificações do sistema

Portal do Governo do Estado de São Paulo

Segundo a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), as doenças de plantas podem trazer impactos profundos para o cultivo agrícola. Planta doente traz aumento no custo de produção, queda de produtividade e leva ao abandono da atividade devido aos prejuízos. Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental para reduzir as perdas e voltar a produzir.

Para auxiliar os agricultores nessa tarefa, os alunos da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da Universidade de São Paulo (USP), em Pirassununga, criaram um aplicativo capaz de reconhecer irregularidades em plantas por meio de imagens. O Agrovisão, aplicativo que apresenta diagnóstico e deficiência nutricional das plantas e identifica os sintomas de cada tipo de doença.

A dinâmica de reconhecimento do aplicativo Agrovisão é feita a partir de fotos. O usuário capta a imagem da flor ou fruto e envia ao servidor. O sistema avalia se a foto atende as especificações, como por exemplo, não ter reflexo da luz ou mau posicionamento. E, se o servidor encontrar algum problema nas especificações, automaticamente uma nova imagem é solicitada. Depois de aceitas, as fotos são processadas para realçar doenças encontradas e classificadas com base em regiões, cor e textura. Na etapa final, os segmentos são associados e as irregularidades na imagem da planta são identificadas.

Considerando uma imagem adequada para análise, é possível encontrar doenças e até déficits nutricionais e hídricos nas plantas. Então, um técnico de laboratório pode ajudar o produtor que tirou essa foto a tomar uma decisão mais precisa.

Equipe que criou o App Agrovisão

O aplicativo Agrovisão foi criado pelos estudantes: Camila Nardi, Gabriela Lyra, Gustavo Voltani von Atzingen e Marcello Ferreira. A tecnologia foi desenvolvida durante uma maratona de programação promovida pela Embrapa. A competição Hackathon Universitário Embrapa buscava soluções tecnológicas para apoiar pesquisas e diagnóstico automático de doenças. A ideia casou com a competição.

Com o aplicativo, a equipe, chamada de Time Limit Exceeded USP, ficou em 3º lugar na edição Campinas. A equipe teve como orientadora a professora Ana Carolina Silva, do Departamento de Ciências Básicas (ZAB) da FZEA.