30/05/16 14h26

Brasil está entre prioridades na AL

valor econômico

É difícil saber, por enquanto, como o desmembramento da unidade de serviços da HP Enterprise vai afetar os negócios da companhia no Brasil. Meg Whitman, diretora-presidente da empresa, já esteve no país e reconhece o papel do mercado brasileiro para o grupo. "O Brasil está entre os países mais importantes da América Latina, ao lado do México e da Argentina", diz.

Depois da cisão que dividiu a antiga HP em duas empresas independentes, a HPE, dirigida a empresas, ficou sob o comando de Luciano Corsini, que comandava a companhia como um todo. Na HP Inc., de PCs e impressoras, assumiu Cláudio Raup, que era vice-presidente dessa unidade.

A HPE administra nove instalações no país, incluindo escritórios, centros de dados, uma fábrica própria, laboratórios de pesquisa e centros de serviços.

Na região de Campinas (SP), a HPE fabrica servidores e sistemas de armazenamento de dados em uma fábrica própria. São duas áreas nas quais a companhia pretende se concentrar, depois de unir sua unidade de serviços com a Computer Sciences Corp. (CSC). A HPE também tem dois centros de dados no Brasil, um em Alphaville (SP) e outro em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. As instalações são fundamentais para os serviços de computação em nuvem.

A unidade de serviços que será desmembrada está voltada basicamente à terceirização de processos de negócios dos clientes, uma área de mão de obra intensiva. No Brasil, entre outros contratos, a HPE é responsável pelo processamento de cartões de crédito da bandeira Diners e de cartões de benefícios da Sodexo.

Pelo acordo com a CSC, a nova empresa que será criada vai continuar executando serviços para projetos geridos pela HPE durante um prazo de até três anos. A ideia é evitar que a mudança cause transtornos aos clientes. A HPE também continuará a fornecer serviços diretamente associados a seus produtos, como suporte técnico e garantia estendida, além de atividades de consultoria.

Grandes transformações tecnológicas estão em curso no Brasil, diz Meg, o que cria oportunidades para a HP Enterprise. É o caso da migração das empresas do ambiente de mainframe - os grandes computadores centrais - para a chamada computação distribuída, baseada nos servidores.