03/05/19 12h16

Competitividade: foco do edital de inovação para a indústria do Senai-SP

Dez projetos de empresas e startups foram aprovados. As ideias serão colocadas em prática com o apoio tecnológico do Senai-SP

FIESP

Com o objetivo de aumentar a competitividade industrial de São Paulo e do país, a Fiesp e o Senai-SP deram início ao ciclo do Edital de Inovação para a Indústria.

Na tarde da última terça-feira (30/4), o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, assinou os contratos dos 10 projetos aprovados, em 2018, na ferramenta de apoio às ideias inovadoras.

Skaf parabenizou todos os autores das ideias reconhecidas pelo Edital e reforçou a preocupação constante da Fiesp e do Senai-SP em fomentar o desenvolvimento do setor produtivo. “Estamos muito felizes de poder, mais uma vez, incentivar a transformação da indústria paulista e brasileira por meio da tecnologia, da inovação”, completou.

Os recursos de até R$ 400 mil são destinados a projetos com duração de até 24 meses. Eles devem conter desafios tecnológicos em estágio de desenvolvimento ou aprimoramento para a realização de prova de conceito, planta-piloto ou inserção no mercado.

A gestão dos recursos é realizada pelo Senai-SP, o que indica que não há repasse financeiro direto para as empresas ou startups de base. Por outro lado, há a necessidade de contrapartida financeira da empresa proponente do projeto de, no mínimo, 10% do valor solicitado ao edital. Todos os recursos devem ser aplicados em atividades destinadas diretamente ao desenvolvimento do projeto.

A empresa Rhodia teve seu projeto contemplado pelo edital na categoria Grandes e Médias Empresas. Já na categoria Startups de Base Tecnológica, Usifer, Eccaplan, Ciacamp, Gigante, Vedicin, Logstore, VetSolutions, Recigreen e Grani Amici tiveram suas ideias inovadoras selecionadas.

Dácio de Almeida, gerente de inovação e qualidade da Rhodia, explicou que o produto desenvolvido pela empresa é uma fibra derivada da celulose, material de fonte renovável e biodegradável. “O que nós precisamos é aumentar o portfólio de aplicações dele. Como a fibra é derivada de um material natural, ela tem uma fragilidade mecânica. Com este edital, juntos com o Senai-SP, vamos melhorar a capacidade mecânica do produto que vai viabilizar a utilização dele em outros mercados. Vamos analisar a possibilidade de adicionar partículas para melhorar a capacidade mecânica dele”, disse.

Felipe Barbi Marcon, da startup Recigreen, deu detalhes do desenvolvimento de equipamento inovador capaz de retirar 98% dos resíduos dos sacos de cimento, argamassa, gesso e cal, sem utilização da água. A tecnologia vai possibilitar a reciclagem desse material, que hoje é descartado em aterros e lixões. “Será um percentual altíssimo de descontaminação. Desenvolver essa ferramenta junto com o Senai-SP será o passo principal para entrarmos fortemente no mercado. Vamos aprender bastante dividindo a ideia com a área laboratorial da escola. Dessa forma, teremos a comprovação técnica do nosso equipamento”, concluiu.