Piracicaba: exportação da região cresce frente ao cenário de 2021 e importação cai com estoque armazenado
Balança comercial inverte o comportamento com vendas maiores no mercado internacional frente à compra
Jornal de PiracicabaAproveitando o estoque interno de componentes e dentro de um comparativo muito ruim frente ao cenário pandêmico do início de 2021, as exportações da região do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) Piracicaba resultaram em um crescimento de mais de 30%. Outro resultado para o comparativo entre o primeiro trimestre do ano passado e de 2002 foi que as importações cresceram menos do que as exportações. O levantamento inclui venda e compra no mercado internacional realizadas por Piracicaba, Águas de São Pedro, São Pedro, Santa Maria da Serra, Charqueada, Laranjal Paulista, Rio das Pedras e Saltinho.
As exportações da região somaram nos três primeiros meses deste ano o montante de US$ 633,3 milhões, um volume bem maior do verificado no ano passado, de US$ 478,9 milhões. Os principais produtos vendidos lá fora foram máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (64,6%), açúcares e produtos de confeitaria (9,9%) e produtos químicos orgânicos (7,4%). No período analisado, os principais destinos das exportações de Piracicaba foram Estados Unidos (37,7%), Canadá (4,4%) e Argentina (3,8%).
Já as importações somaram US$ 757,5 milhões, o que significa um crescimento de 14,3% frente ao mesmo período do ano passado que foi de US$662,9. Estas compras foram concentradas em máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (45,9%), veículos automóveis, tratores (14,9%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (12,5%). Por sua vez, as compras da regional tiveram como principais origens Coreia do Sul (29,8%), Estados Unidos (26,8%) e China (14,8%).
O bom resultado se deve a duas lacunas: às exportações enfraquecidas do ano passado e negócios fechados neste ano antes da deflagração de guerra no leste europeu. “Lembrando que, ao analisarmos o período em questão, estamos comparando com 2021, um momento menos favorável com a pandemia de covid-19, implicando na redução das exportações naquele momento, seja por falta de muitos componentes ou por uma perspectiva de melhora. Hoje, embora estejamos vivendo uma questão de guerra ou invasão, os negócios já foram efetuados entre 90 e 120 dias anteriores”, explica o gerente regional do Ciesp Piracicaba, Homero Scarso.