07/08/17 14h21

Exportação de veículos atinge volume histórico até julho

Montadoras já venderam 439,5 mil veículos brasileiros em outros mercados

Automotive Business

Em tempo de crise, as exportações de veículos seguem como principal ferramenta para garantir impulso à indústria automotiva local. De janeiro a julho foram vendidos no mercado internacional 439,5 mil carros feitos no Brasil, com importante aumento de 55,3% na comparação com o resultado registrado há um ano. “É o maior volume histórico para o período, acima do patamar de 2005, que era o melhor até então”, observa Antonio Megale, presidente da Anfavea, associação dos fabricantes do setor, que anunciou os resultados da indústria na sexta-feira, 4.

O líder da entidade acredita que, neste ritmo, 2017 tende a terminar como ano recorde. A estimativa é chegar a 705 mil veículos exportados, com expansão de 35,6%. Somente em julho foram entregues 65,7 mil unidades em outros mercados, com alta de 42,5% sobre o mesmo mês do ano passado, mas retração de 2,4% na comparação junho. Para a Anfavea, a queda é pouco significativa e não indica uma reversão do crescimento. “A tendência é positiva”, avalia Megale.

No acumulado do ano o faturamento com exportações chegou a US$ 1,38 bilhão, 52% maior que o dos mesmos sete meses de 2016. Só em julho foram US$ 1,38 bilhão em receitas com vendas externas. “A política de firmar acordos comerciais para a indústria automotiva tem dado bons resultados”, aponta o executivo, destacando o esforço combinado do governo brasileiro e das montadoras. Segundo ele, a Argentina segue como principal destino dos carros brasileiros, seguida do México, do Chile, do Uruguai e, enfim, da Colômbia. “Também exportamos caminhões para a África do Sul e para a Rússia este ano”, conta.

A Anfavea admite que, além do esforço comercial, o Inovar-Auto é outro fator que contribuiu para melhorar as exportações brasileiras ao estimular o avanço tecnológico dos carros nacionais e torna-los atrativos em mercados muito competitivos. “Um bom exemplo é o Chile, país aberto às importações onde são vendidos modelos das mais diversas marcas e, ainda assim, temos elevado a nossa participação.” Segundo Megale, os veículos brasileiros tinham participação de 3% nas vendas da região no início do ano, porcentual que já subiu para 5% e, na visão dele, tem condições de chegar a 15%. “Isso nos dá confiança para buscar mais espaço no mercado internacional.”