14/12/15 14h30

Investimento do governo em P&D pretende expandir banda larga no Brasil

Agência Gestão CT&I

Duas áreas tecnológicas consideradas estratégicas pelo Ministério das Comunicações (MC) e pelo conselho gestor do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) são as de comunicações ópticas e de comunicações sem fio. Elas são responsáveis pela futura expansão da internet no Brasil prevista no Programa Nacional de Banda Larga (PNBL).

Em visita a Campinas (SP), o ministro das Comunicações, André Figueiredo, conheceu os laboratórios de pesquisa e desenvolvimento (P&D) nessas áreas, que pertencem ao Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD). Na sua avaliação, o País é pioneiro na criação de plataformas que favorecerem a integração do Brasil, representando um diferencial competitivo perante o mundo.

"Através do Funttel destinamos, via Financiadora de Estudos e Projetos [Finep], cerca de R$ 35 milhões para o CPdQ desenvolver pesquisas para alcançar melhorias de infraestrutura, como no 4G", afirmou o ministro, ao ressaltar que "o investimento em inovação é fundamental para garantir o desenvolvimento e a inclusão digital no Brasil."

No caso do laboratório de comunicações sem fio, o foco é o desenvolvimento de tecnologia LTE (4G) para atender às demandas de universalização do acesso à internet em banda larga no País, bem como às necessidades de setores estratégicos, como defesa e segurança. Já o laboratório de comunicações ópticas do CPqD desenvolve sistemas ópticos avançados de transmissão e recepção para backbone de redes de alta capacidade (metropolitana e de longo alcance), com tecnologias no estado da arte internacional.

Sobre as políticas públicas estimuladas pelo ministério, André Figueiredo pontuou que a pesquisa nacional apresenta uma taxa de retorno de até sete vezes. "Ao longo dos anos, esses investimentos voltam a partir do surgimento de empresas e de produtos, que geram empregos, bem como o acesso de milhões de cidadãos à internet. É um avanço social alinhado ao econômico", disse, ao elogiar um novo equipamento para cobertura móvel em áreas rurais.

Além dos laboratórios, o ministro conheceu a sede da empresa BrPhotonics, que, a partir da parceria entre o CPqD e a norte-americana GigOptix, tem como foco de atuação o mercado global de dispositivos fotônicos e microeletrônicos para sistemas de comunicações ópticas de alta velocidade - acima de 100 Gb/s.

“A própria criação da empresa é um desdobramento da política do Funttel de estímulo ao desenvolvimento e produção no País de componentes e sistemas ópticos avançados, capazes de atender à demanda crescente por capacidade de transmissão. E a fotônica integrada é uma tecnologia estratégica para a evolução nessa área”, destaca o presidente do CPqD, Sebastião Sahão Junior.