15/12/15 14h25

Marinha americana pode financiar pesquisa básica na Unicamp

Unicamp

A política de financiamento de pesquisa básica em diversas áreas pelo Departamento de Pesquisa Naval dos Estados Unidos (EUA) foi detalhada durante um encontro com um diretor da instituição nesta segunda-feira, 14, no auditório do Instituto de Química (IQ). A convite da Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) o diretor associado para a América Latina e da África Sub-saarina da Divisão Internacional do Departamento, Augustus Vogel, conversou com diretores, coordenadores de pós-graduação, pesquisa e extensão das Unidades de ensino e pesquisa, além dos Centros e núcleos.

A iniciativa faz parte da política de identificação de oportunidades de financiamento à pesquisa estabelecida pela PRP. “Estamos tentando internacionalizar o fomento, porque se você ficar atento apenas aos mecanismos nacionais e houver uma interrupção, atividades importantes podem ser paralisadas”, afirmou a pró-reitora de Pesquisa Gláucia Maria Pastore. De acordo com ela, a Marinha americana abre a possiblidade de financiamento de viagens e visitas técnicas. “Isso para nós é muito bom. Nosso jovem professor poderá participar de projetos de discussão e de visitas técnicas que ainda não são muito comuns na nossa universidade, mas são muito importantes”.

Patore ainda afirmou que a PRP deverá buscar mais fundações de fundo privado nacionais e internacionais e também grandes conglomerados internacionais, como a Fundação Bill Gates, para abrir o leque de possibilidades de fomento.
A Divisão Internacional do Departamento de Pesquisa Naval tem escritório no Consulado Geral dos EUA em São Paulo e dispõe de verbas para financiar pesquisa básica nas áreas de oceanografia (modelagem, oceanografia física e instrumentação), nanotecnologia, ciência de materiais, neurologia, membros protéticos, informática, ciência atmosférica, ciência espacial, geociência costeira, biocombustíveis, camadas biológicas, realidade aumentada, desenho robótico, tradução autonômica, processamento de sinais, comunicação entre o homem e a máquina, dentre outras.

Segundo Augustus Vogel, o Departamento tem seis escritórios espalhados entre o Brasil, o Chile, em Londres, Praga, Tóquio e Singapura. “Nossa ideia é estabelecer colaborações entre pesquisadores americanos e de outros paíeses com benefícios para todos. Hoje nossa intenção é conhecer mais os pesquisadores e pesquisas que se realizam por aqui, com a intenção de identificar projetos de colaboração para começar um tipo de relacionamento”, afirmou.

Vogel complementou que o Departamento não costuma financiar projetos grandes, “mas ideias de primeiro passo que ainda não têm uma base de dados e comprovações. Financiamos projetos com muito risco que podem eventualmente tornar-se um benefício social e no, nosso caso, um benefício para a marinha americana”.