27/08/19 11h30

Nível de emprego volta a ficar positivo em julho em Mogi

O Diário de Mogi

A mais recente pesquisa do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostra uma leve evolução no índice de contratação em Mogi das Cruzes em julho. Isso, no entanto, não muda o status da situação do mercado de trabalho que permanece no vermelho de janeiro a julho deste ano, e também na comparação entre os últimos 12 meses. Houve um saldo de 62 empregos no período na cidade, com destaque para as contratações na indústria de transformação (22), serviços (64), atividade extrativa mineral (8) e administração pública (2).

Quando se observa o levantamento relativo aos setes meses de 2019, os resultados permanecem preocupantes: saldo de 1.099 pessoas demitidas no município, um percentual negativo de -1,11%

Já no acompanhamento do emprego formal na região do Alto Tietê em um ano, os resultados trouxeram cinco cidades que mais admitiram (Suzano, Itaquaquecetuba, Poá, Arujá e Guararema) e quatro que mais desligaram trabalhadores (Mogi das Cruzes, Biritiba Mirim, Salesópolis e Ferraz de Vasconcelos).

As cidades com os melhores índices nos últimos 12 meses são Suzano (5,82%), Arujá (3,59%), Guararema (3,59%), Poá (3,27%) e Itaquaquecetuba (2,51%). Já os piores dados são encontrados em Salesópolis (-2,56%), Biritiba Mirim (-2,31), Ferraz de Vasconcelos (-1,85) e Mogi das Cruzes (-1,08%).

 

Julho

O Caged demonstra mês a mês a evolução das contratações e demissões nas cidades brasileiras. Em Mogi das Cruzes, no último ano, os setores que mais contrataram foram a administração pública (3,06%), construção civil (1,08%) e o comércio (0,65%), os demais enxugaram o quadro de funcionários registrados na carteira de trabalho: atividade extrativa mineral (-4,96%), indústria de transformação (-1,79%), serviços industriais de utilidade pública (-3,45%) e serviços (-1,67%).

As admissões favoreceram a cidade com o saldo de empregos em um mês marcado pelas férias do meio de ano. Essa situação que somente aconteceu no mês de fevereiro, que teve um balanço positivo (128 empregos mantidos). Julho, portanto, aponta para uma ligeira melhora, principalmente quando se olha, isoladamente, para as estatísticas nos meses anteriores, maio e junho, que tiveram oscilações negativas, com 393 e 297 desligamentos. Sob esse aspecto, a manutenção de 62 pessoas nos empregos demonstra uma mudança no quadro geral, embora, apenas um setor sustente o saldo positivo.

A divulgação animou o economista Claudio Costa, diretor da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, principalmente, pelo freio nos desligamentos na indústria e nos setores de serviços e administração pública. Ele admitiu, no entanto, que fatores externos serão necessários para a estabilidade nesses setores. “Nós dependemos muito de o presidente (Jair) Bolsonaro começar a tocar o governo e eu acredito nisso, principalmente agora, depois dos reflexos negativos de situações como a da Amazônia, que começa a preocupar as exportações brasileiras”.

No cenário local, Costa acredita em mudanças ainda mais positivas com a instalação de startups que estão protocolando projetos ligados à inovação e tecnologia na cidade. “São empresas que além de gerar empregos, também estão trazendo para a cidade polos formadores da mão de mão especializada em tecnologia”, comentou.

Nesse sentido ainda, um andamento dado nesta semana foi o protocolo de um documento da Prefeitura de Mogi das Cruzes na sede da Huawei, em São Paulo. A multinacional chinesa da área de tecnologia e de comunicação tem planos de instalar a segunda fábrica no Estado. E Mogi das Cruzes quer pleitear o investimento previsto em US$ 800 milhões que deverá gerar mil empregos diretos. Outra aposta lembrada pelo diretor é a escolha da cidade pela Mahindra, a empresa indiana fabricante de veículos agrícolas.

 

Em São Paulo

Os números do Caged no Estado de São Paulo também revelam um saldo positivo com 20.204 admissões no mês passado (0,17%) e 174.270 neste ano (1,46%) e 156.950 entre julho de 2018 e o mês passado (1,31%). No Brasil, o índice foi favorável no mês, 0,11%, 1,20% nos primeiros sete meses deste ano. Os dados podem ser acessados na página do Ministério do Trabalho e Emprego.