21/10/15 15h03

Petroleiras estrangeiras ampliam presença no país

Portos e Navios

Além da estreia da chinesa Tek Óleo e Gás e da volta da argentina Oil M&S ao Brasil, a partir da 13ª Rodada, outras duas petroleiras estrangeiras se preparam para entrar no país. A japonesa JX Nippon e a AziLat, empresa do fundo global de investimentos Seacrest Azimuth Group, decidiram ficar de fora do leilão da Agência Nacional de Petróleo (ANP), este mês, mas aproveitaram o momento favorável às aquisições e anunciaram recentemente a compra de participações em ativos de exploração no Brasil. A intenção, segundo as companhias, é continuar de olho em novas oportunidades no mercado brasileiro.

O caso mais recente é o da AziLat, que informou ontem a compra de fatias da OGPar (ex-OGX) em dois blocos operados pela ExxonMobil, na Margem Equatorial. Com as aquisições, ainda pendentes de aprovação da ANP, a companhia apoiada pelo fundo Seacrest passa a deter 50% de participação no bloco CE-M-603 (Ceará) e 65% no POT-M-475 (Potiguar), ambas arrematadas na 11ª Rodada, em 2013.

Em nota, a companhia classificou a Margem Equatorial como uma das áreas de exploração "mais emocionantes globalmente e lar de uma série de descobertas gigantes". Disse, ainda, que vai continuar a avaliar oportunidades no offshore brasileiro.

Esta é a segunda tentativa da AziLat de entrar no Brasil. Em 2014, a empresa chegou a anunciar um acordo com a britânica Chariot para compra de fatias minoritárias em quatro blocos na Bacia de Barreirinhas, mas o negócio não foi adiante.

Desde então, o fundo Seacrest criou uma subsidiária no país, a Azibrás, e abriu um escritório no Rio. Com foco na exploração de óleo e gás, o fundo possui ativos também no Mar do Norte, Namíbia, Irlanda, Vietnã e Indonésia.

A japonesa JX Nippon, por sua vez, anunciou recentemente a aquisição de uma fatia de 30% da Ecopetrol no bloco FZA-M-320, na bacia Foz do Amazonas, também na Margem Equatorial. A colombiana continua como operadora, com 70% de participação do bloco, arrematado na 11ª Rodada.

Na ocasião, a japonesa anunciou que pretende estudar mais oportunidades em exploração e produção no Brasil. A companhia atua em países asiáticos, como Malásia e Vietnã, e no Reino Unido e Oriente Médio

Além das novas estreantes, as operações de aquisição já renderam oportunidades para ao menos outras duas petroleiras independentes no país este ano: a PetroRio (ex-HRT), que adquiriu as fatias da Shell e Petrobras em Bijupirá e Salema (Bacia de Campos); e a britânica Premier, que comprou 30% da OGPar no bloco CE-M-661 (Ceará).