14/12/15 14h37

Projetos de terminais portuários vão começar em janeiro

Portos e Navios

Com previsão de investimentos da ordem de R$ 250 milhões nos próximos cinco anos, o Grupo Marimex pretende iniciar os projetos de melhorias no STS36, no Paquetá, no início do próximo mês. O objetivo da empresa é diversificar sua área de atuação já que, pela primeira vez, fará embarques de desembarques de celulose e carga geral no cais santista.

“Foi tudo muito corrido. Tínhamos que decidir se entraríamos. Foi uma decisão rápida e vamos lapidar esses processos de investimentos. O objetivo é atender celulose e carga geral, que nós acreditamos que tem essa carência no Porto. E é a última área de carga geral no Porto e nós acreditamos nela, mas tem que investir porque é velha, abandonada, podre. Tem que fazer tudo e começar do zero”, destacou o presidente do Grupo Marimex, Antonio Carlos Fonseca Cristiano.

Segundo o executivo, os primeiros embarques e desembarques no novo terminal devem acontecer apenas em quatro anos. Sobre a proposta apresentada, Cristiano não esperava que seu lance fosse o único, por isso, afirmou que estava disposto a “aumentar um pouquinho a oferta”, o que não foi necessário.

“É um leilão que tem, aparentemente, um valor de outorga baixo, mas exige muito investimento, da ordem de R$ 250 milhões. É um desafio que assusta, mas como nós já estamos com espaços em Santos, no recinto alfandegado, armazéns gerais, uma outra área de quadra inteira vizinha a essa e mais a entrada na Alemoa, a gente vai diversificando a nossa oferta de trabalho e de serviço para exportadores e importadores”, destacou o presidente do Grupo Marimex.

Já no STS04, que fica na Ponta da Praia, os planos do consórcio LDC Brasil, formado pelas traders Louis Dreyfus Commodities e Cargill Agrícola, é de atingir um volume entre 6 milhões e 7 milhões de toneladas movimentadas por ano.

De acordo com o diretor de Portos da Cargill, Clythio Backx van Buggenhout, as duas empresas já operam em parceria, desde 2009, no Terminal Exportador de Açúcar do Guarujá (Teag), que fica na Margem Esquerda do cais santista. Segundo ele, o fato da Dreyfus já operar também na Margem Direita ajudou a avaliar a importância estratégica de operação conjunta nesta região.

“Obviamente, é uma demonstração clara de duas grandes traders, um voto de confiança no crescimento do agronegócio porque o investimento a ser feito lá é alto, incluindo a outorga fixa prevista. É um voto de confiança na melhoria dos serviços ferroviários que atendem hoje o Porto de Santos”, afirmou van Buggenhout.