11/11/16 14h52

São Paulo ganha mais uma usina fotovoltaica em campus universitário

Empreendimento destina-se à geração de energia elétrica para suprir a universidade e também para gerar conhecimento aos seus alunos

Agência CT&I

Nesta quinta-feira, 10 de novembro, o subsecretário de Energias Renováveis da Secretaria de Energia e Mineração do Estado de São Paulo, Antonio Celso de Abreu Junior, participou da cerimônia de inauguração da usina fotovoltaica no campus da Fundação Paulista de Tecnologia e Educação – FPTE, no município de Lins.

O sistema é composto por 1.700 módulos fotovoltaicos de 330 watts cada, instalado numa área de 5.000 metros quadrados e terá potência de 500 kwp com geração média de 80.000 kwh/mês, o suficiente para atender a demanda de 510 residências.

“A geração de energias renováveis, a partir de fontes limpas como a eólica e a solarimétrica, tem evoluído no país. Em São Paulo, o Governo do Estado tem direcionado seus esforços para essa transição. A FTPE está sintonizada com o que há de mais moderno nesta área atualmente”, disse Abreu Junior.

Além de atender a demanda de todo o campus da Fundação Paulista onde estão instaladas as ETL, Unilins e Cetec, a usina fotovoltaica vai gerar estágios e conhecimentos práticos a professores e alunos.

O projeto foi desenvolvido em parceria com a Eudora Energia, Grupo Leros e a Construpesa e será integrado ao sistema de abastecimento de energia elétrica da Companhia Paulista de Força e Luz – CPFL.

De acordo com o professor Luis Fernando Léo, presidente da FPTE, “o atual momento energético do país exige que as instituições busquem soluções alternativas. Nesse projeto, a energia gerada atenderá a demanda da instituição durante o dia, período no qual há geração, e se houver excesso de produção será entregue à CPFL e contabilizado como crédito para consumo noturno”.

Para o professor Breno Ortega, vice-presidente da Fundação Paulista, “um dos maiores objetivos da planta de cogeração solar é o de habilitar os alunos dos cursos de engenharia a projetar e instalar estes sistemas. É o diferencial da Unilins, que entrega aos seus alunos uma formação teórica e prática muito acima da média do mercado”.

Sobre a Fundação Paulista

Embora a Fundação Paulista de Tecnologia e Educação – FPTE – tenha seu marco inicial em 1972, quando foi instituída, o histórico da Instituição antecede em quase duas décadas a essa data. Nos idos de 1958 a Instituição Toledo de Ensino, de Bauru, deu início, no campus cedido pelo município de Lins, antigo parque de exposições agropecuária da cidade, o curso técnico de Pontes e Estradas. Em 1964, no início da revolução militar, inicia em Lins, a Escola de Engenharia de Lins, com dois cursos superiores: Engenharia Civil e Engenharia Elétrica-Eletrotécnica. Decorridos 04 anos, em 1968, a Instituição Toledo de Ensino começa a se desinteressar pelos cursos de engenharia para manter o foco na área de humanas, e resolve colocar à venda a Instituição, a então Escola de Engenharia de Lins.

Potencial de Energia Solarimétrica no Estado

O Levantamento do Potencial da Energia Solar Paulista, estudo lançado em abril de 2013 pela Secretaria de Energia e Mineração do Estado de São Paulo aponta que a geração estimada é 12 milhões MWh/ano, suficiente para abastecer 4,6 milhões de residências. O estudo demonstra ainda que o Estado tem potencial instalável solar de 9.100 MWp e as regiões de Araçatuba, Barretos e Rio Preto se destacam para o aproveitamento da luz solar.