21/01/15 14h34

Serviço Personalizado

Brasil Econômico

Desde o ano passado, as incubadoras que levam a chancela da Universidade de São Paulo (USP) fazem parte de um convênio padrão. Antes, a Agência USP não controlava as incubadoras, mas hoje é a responsável pela governança delas, por acompanhar suas diretrizes. Atualmente existem cinco incubadoras nesse rol: Cietec (Cidade Universitária, em São Paulo), Supera (USP de Ribeirão Preto), EsalqTec (Piracicaba), Unitec (Pirassununga) e Habits (USP Leste). Todas têm ao menos um edital por ano.
A Cietec, conforme conta a vice coordenadora da agência, Luciane Ortega, é a maior delas, com 118 empresas incubadoras e capacidade para 140.
“O volume é grande porque nem todas ficam incubadas internamente. Existe o balcão de ideias, voltado a ajudar a desenvolver ideias incipientes, mas economicamente viáveis. Essas utilizam as bancadas, como se fossem um hotel de projetos, sem lugar fixo. Chega, utiliza e vai embora”, explica ela, ao pontuar que a inscrição no balcão é continuamente aberta, sem a necessidade de edital.
O tempo de incubação varia de 12 a 24 meses e a taxa fica em média R$300,00. Participam de sua governança o Instituto de Pesquisa Nucleares e Energéticas (Ipen), a Federação das indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras (Anpei).
A Supera possui foco voltado à biotecnologia, e abriga iniciativas das áreas de saúde, odontológica e materiais químicos. A governança conta com a Fundação Instituto Polo Avançado de Saúde (Fipase), USP e prefeitura de Ribeirão Preto. Ela tem capacidade para 40 empresas, atualmente possui 33 incubadoras. A EsalqTec é direcionada ao agronegócio, e, das 20 iniciativas que pode manter, hoje possui 17. Participam USP e Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo. A Unitec, com o mesmo mote, tem 20 vagas, sendo 18 ocupadas atualmente, e possui participação da USP e prefeitura de Pirassununga. A Habits te, 100% de governança da USP e é voltada a quaisquer ideias de base tecnológica e com características sociais, ou seja, que traga reflexos automáticos e de grande escala na sociedade, a exemplo do meio ambiente na área de Educação, explica Luciane. Por ser mais nova do grupo, possui três incubadoras, mas a capacidade é para 15 empresas.
Em Florianópolis (Santa Catarina), a incubadora Celta, gerida pelos Centros de Referência em Tecnologia Inovadoras (Certi), tem o apoio do Sebrae e a parceria da Universidade Federal de Santa Catarina, da prefeitura e do governo estadual. Seu espaço é destinado a projetos nos setores de instrumentação, telecomunicações, automação, eletrônica, informática e nanotecnologia, entre outros. “O ambiente propicia sinergia com os mais adequados serviços para o surgimento de empresas saudáveis. O espaço físico tem custo de R$ 20 o metro quadrado. O edital fica permanentemente aberto, e, atualmente, existem 32 incubadoras”, afirma o diretor Tony Chierighini.