15/12/17 13h54

Setor de serviços ‘salva’ alta do PIB da região

Os números de 2014 e 2015 foram apresentados nesta quinta-feira pelo IBGE e trazem como destaque a cidade de Sumaré, com maior elevação percentual

O Liberal

O setor de serviços “salvou” o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) da RPT (Região do Polo Têxtil). O número total subiu 3,54%, de 2014 e 2015, enquanto o valor adicionado do setor de serviços aumentou 7,32%. Os dados do ano retrasado foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira.

Na região, o PIB passou de R$ 40,15 bilhões para R$ 41,58 bilhões. A única cidade onde houve redução é Americana, de R$ 10,3 bilhões para R$ 10,1 bilhões, o equivalente a uma variação de 1,97%. Por outro lado, Sumaré aparece como o município com maior elevação percentual, de 8,73%. A quantia elevou de R$ 11,64 bilhões para R$ 12,66 bilhões.

No setor de serviços, o valor adicionado saltou de R$ 10,72 bilhões para R$ 16,97 bilhões. Novamente, Americana surge como a única cidade que teve queda, de R$ 5,27 bilhões para R$ 5,19 bilhões, o que representa uma diminuição de 1,47%. O destaque positivo foi Hortolândia, que apresentou aumento de 20,9%, de R$ 3,89 bilhões para R$ 4,67 bilhões.

Em contrapartida, o valor adicionado da indústria caiu 2,34%, de R$ 11,27 bilhões para R$ 11 bilhões. Sumaré é o único município que teve aumento, na ordem de 8,06%. O número cresceu de R$ 3,42 bilhões para R$ 3,69 bilhões. Hortolândia aparece como a cidade onde houve maior redução percentual, de 8,18%. A quantia diminuiu de R$ 3,65 bilhões para R$ 3,35 bilhões.

De 2010 para 2015, o valor adicionado do setor de serviços aumentou 68,88%, enquanto o da indústria elevou 7,52%. O valor adicionado é a contribuição ao PIB pelas diferentes atividades econômicas, obtida pela diferença entre o valor de produção e o consumo intermediário absorvido pelas respectivas atividades.

“Essa tendência do aumento da importância dos serviços já vem se consolidando na nossa região há algum tempo. Isso é um movimento comum tanto para o Brasil e, principalmente, no caso de São Paulo, que mais pessoas começam a ser empregadas na parte de serviços em detrimento da indústria. Isso é um movimento que acontece na maioria dos países desenvolvidos”, disse Caroline Miranda Brandão, assessora econômica do Sincomércio (Sindicato dos Lojistas e do Comércio Varejista de Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara d’Oeste).

Segundo ela, na RPT, o comércio varejista tem “muita” importância para o crescimento no setor de serviços, que inclui o comércio na avaliação no IBGE. A especialista também destacou que a indústria sofreu perdas em razão da crise, já que “é muito dependente da demanda final”.

 

POSIÇÕES

Americana caiu 11 posições na classificação dos 100 municípios brasileiros com maior PIB (Produto Interno Bruto). A cidade estava na 78ª posição em 2014 e desceu para a 89ª no ano seguinte, conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quinta-feira.

A RPT (Região do Polo Têxtil) tem mais dois municípios no ranking: Hortolândia e Sumaré. Ambas tiveram melhora. Hortolândia passou do 86º para o 81º lugar e ultrapassou Americana, enquanto Sumaré subiu da 68ª para a 67ª colocação e se manteve como a cidade da região melhor classificada.

Em 2014, Nova Odessa e Santa Bárbara d’Oeste também não figuravam no ranking. Em nota, a Secretaria de Planejamento de Americana apontou que “precisa analisar mais minuciosamente os números antes de determinar qual a causa dessa queda” no PIB. “Vários fatores podem influenciar esse cenário, como a queda na arrecadação, o aumento no número de habitantes, além de outras variáveis”, comunicou.