28/01/16 14h13

Jundiaí amplia o serviço de transporte ferroviário

Ministério dos Transportes deu aval para que bens da extinta RFFSA sejam usados para expansão do modal em Jundiaí, após pedidos do poder público municipal. Medida ampliará capacidade de escoamento de produção

Bom Dia

O ministério dos Transportes, por meio de portaria, declarou os bens da extinta RFFSA (Rede Ferroviária Federal S.A) como reserva técnica exclusiva ao uso, expansão e aumento da capacidade de prestação do serviço público de transporte ferroviário.

Na prática, a medida significa que, em Jundiaí, uma área pertencente à União, de aproximadamente 257 mil m², será assumida pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), com objetivo de destinação futura à concessão privada – no caso – à MRS Logística – que já atua no transporte ferroviário de cargas existente na cidade.

O espaço na avenida Antonio Frederico Ozanam, sentido Várzea Paulista (atrás da antiga Duratex e em frente à estação ferroviária), vai abrigar o futuro Terminal Ferroviário de Jundiaí, com objetivo de dirimir os gargalos no escoamento da produção local.

Desde 2013, o prefeito Pedro Bigardi ea secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, por meio da diretoria de fomento à indústria, apoia a iniciativa, inclusive, ao encamparas tratativas junto a reuniões no Ministério, em Brasília, para que a área fosse, enfim, destinada novamente ao transporte ferroviário de carga.

"A publicação dessa portaria foi um dos passos mais importante do processo até agora. Ela permite que a MRS possa, vencidos os tramites administrativos e jurídicos, explorar a área para a retomada do transporte ferroviário", explicou o diretor de fomento à indústria da secretaria, Gilson Pichioli.

A estimativa da MRS de iniciar a operação com cerca de mil contêineres por mês

A estimativa da MRS, por meio de um estudo já realizado, é a operação inicial de mil contêineres por mês. Serão quatro trens semanais, sendo dois no sentido Jundiaí Porto de Santos e outros dois no sentido oposto. Cada trem levará 21 vagões, que transportam a carga de até 50 caminhões.

"Isso deve gerar uma redução de aproximadamente 20% no custo em relação ao modal rodoviário, o que significa também uma redução considerável de poluentes na atmosfera", previu o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Marcelo Cereser.