08/10/10 12h14

A Fototica planeja triplicar de tamanho até 2014

O Estado de S. Paulo

Animado com os números do varejo óptico brasileiro, que movimenta cerca de R$ 7,5 bilhões (US$ 4,4 bilhões) por ano com a venda de artigos como óculos, armações e lentes de contato, o fundo de private equity holandês Hal Investments, controlador da Fototica, pretende mais do que triplicar o faturamento da rede nos próximos quatro anos: a ideia é passar dos atuais R$ 200 milhões (US$ 117,7 milhões) para algo em torno de R$ 750 milhões (US$ 441,2 milhões) até 2014. No plano de negócios da Fototica está desenhado que a forma de alcançar esse objetivo passa pela expansão do número de lojas, que aumentariam de 118 (101 próprias) para 500 unidades. "O foco da expansão deve estar nas capitais brasileiras e nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul", afirma Marcello Macedo, presidente da Fototica. "São mercados com maior poder aquisitivo e oferecem as melhores oportunidades."Segundo Macedo, o plano de crescimento está baseado em três frentes: aquisições de redes locais e abertura de franquias e de lojas próprias. O valor investido, por conta das modalidades de expansão, pode variar de R$ 150 milhões/US$ 88,2 milhões (no caso de prevalência de abertura de lojas próprias) até R$ 450 milhões/US$ 264,7 milhões (se predominarem as aquisições). O investimento em lojas próprias será, no mínino, de R$ 50 milhões (US$ 29,4 milhões). "A melhor opção são as aquisições, pois já herdarmos o público e o ponto comercial consolidados", diz Macedo. "No entanto, essas negociações são mais difíceis e costumam demorar mais. Temos transações que já duram cinco anos e ainda não foram concluídas." De acordo com Macedo, ainda não há recursos definidos para bancar a operação, pois a Hal costuma fazer os aportes necessários assim que as transações são fechadas. "Depois de concluída uma negociação, vamos até a matriz passar o pires", diz Macedo.