12/05/11 11h52

Adoramos a lista da Foxconn, diz HP

Folha de S. Paulo

A HP colocou o Brasil entre os mercados prioritários do mundo para pesquisa de tecnologias, lançamento de produtos e, graças aos pedidos da Foxconn ao governo brasileiro, poderá também expandir a produção de equipamentos no país. Os planos foram revelados ontem pelo presidente global da companhia, Léo Apotheker, que escolheu o Brasil para sua primeira visita como líder da HP à América Latina. "Se o governo criar condições favoráveis para companhias como nós, vamos observar as oportunidades e expandir nossa produção por aqui", afirmou Apotheker.

Embora tenha se mostrado reticente quanto à contratação de 100 mil profissionais pela Foxconn, afirmou que a estratégia poderá ser boa para a HP como segundo maior cliente da taiwanesa. Atualmente a HP fabrica localmente impressoras, notebooks, desktops e netbooks em regime terceirizado - com parceiros como Flextronics, Jabil e Foxconn - e servidores em fábrica própria em Sumaré (SP). "Adoramos a lista de requisitos da Foxconn ao governo brasileiro. Ela é um sonho da indústria", complementou Oscar Clarke, presidente da HP Brasil.

Outros planos da companhia para o país incluem o centro de pesquisa e desenvolvimento, que a HP mantém em Porto Alegre em parceria com a PUC-RS. Hoje com 600 funcionários e dedicada a pesquisas para clientes da HP no país, a unidade poderá começar também a atender projetos mundiais. O terceiro pilar de expansão envolve o lançamento de equipamentos. "Colocamos o Brasil entre os mercados prioritários para novos produtos e isso poderá ser visto com aparelhos com o sistema WebOS em português", disse Apotheker.

Tecnologia herdada com a aquisição da Palm, em 2010, o software WebOS é uma das apostas da HP para seus produtos móveis como smartphones e tablets. O primeiro smartphone compacto será lançado na próxima semana, e o tablet, em julho (no Brasil, deve chegar no segundo semestre). Outro pilar que a companhia pretende abordar no Brasil é o de computação em nuvem, em que poderá vender software, serviços e capacidade de processamento de seus servidores. Isso poderá favorecer a construção local de data centers para abrigar projetos. A atenção da companhia para o mercado brasileiro não é exagerada. Hoje, Brasil, Índia, Rússia e China respondem por 11% do faturamento, de US$ 127 bilhões.