29/10/08 17h56

Akzo confia em força dos emergentes

Valor Econômico 29/10/2008

O presidente mundial da Akzo Nobel, Hans Wijers, disse ontem que a crise deve afetar o crescimento econômico mundial, mas seu impacto não muda a estratégia de crescimento da companhia para os países emergentes, como o Brasil. "Confiamos nos fundamentos destas economias", afirmou o executivo da Akzo Nobel, fabricante de especialidades químicas, revestimentos e tintas. "Mesmo que a economia dos países emergentes venha a apresentar um crescimento mais lento, ainda assim será um crescimento maior do que o das economias mais maduras", disse Wijers, que aposta em países como Brasil, China e Índia. Segundo Wijers, alguns projetos poderão ser adiados temporariamente diante de um crescimento mais lento das economias, mas serão retomados assim que a situação financeira ficar mais clara. A Akzo Nobel, que já era dona das marcas de tintas Ypiranga e Wanda, aumentou seu portfólio de produtos ao adquirir em janeiro a ICI, empresa inglesa, dona das tintas Coral no Brasil. Isso fez com que a empresa aumentasse sua participação no mercado de tintas decorativas, alcançando uma posição mais próxima da Basf, líder no Brasil, com a marca Suvinil. Wijers deixou claro que a intenção é fazer com que a Akzo Nobel conquiste a liderança no mercado brasileiro. A compra da ICI também garantiu um aumento no faturamento da subsidiária brasileira de 580 milhões de euros em 2007 para 708 milhões de euros previstos para este ano. A Akzo Nobel deve divulgar hoje seu balanço no terceiro trimestre, e a expectativa é que os resultados não sejam tão favoráveis, segundo analistas.