22/11/13 15h09

Aliada à Datora, Vodafone inicia operação no Brasil

Valor Econômico

Lançada em setembro, a Vodafone Brasil, criada pela parceria entre o grupo britânico e a paulista Datora Telecom, iniciou suas operações oficialmente ontem. O anúncio foi feito em São Paulo por Ravinder Takkar, executivo indiano que comanda a Vodafone Partner Markets, responsável por parcerias entre a operadora e grupos menores no mundo.

Em entrevista ao Valor, o executivo afirmou que o alvo inicial serão os clientes internacionais da Vodafone e multinacionais brasileiras que planejam expandir suas operações fora do país.

"Agora podemos garantir aos nossos clientes o nível de serviço que eles esperam da Vodafone", disse o executivo. De acordo com Takkar, a Vodafone estudava o mercado brasileiro há algum tempo, mas só recentemente seus clientes começaram a pedir que a companhia estabelecesse uma presença formal no país.

Em outubro, o presidente do conselho da Datora Telecom, Wilson Otero, disse ao Valor que a meta da companhia é ter 15% do mercado brasileiro de comunicação entre máquinas (M2M, na sigla em inglês) e 500 mil clientes nas áreas de voz e dados, em cinco anos.

Para chegar ao Brasil, a Vodafone não investiu em infraestrutura própria. O caminho escolhido foi uma associação com a Datora, por meio do Partner Markets, uma espécie de programa de franquia do grupo britânico. Por esse programa, as operadoras atuam como representantes da Vodafone em seus respectivos países, atendendo localmente com contratos globais.

A Vodafone não precisa comprar participação na operadora parceira, nem investir em infraestrutura. Eventualmente, o parceiro pode usar a marca Vodafone. Segundo Takkar, o modelo existe há 12 anos e tem funcionado bem.

A Vodafone tem acordos desse tipo em 50 países, incluindo o Brasil e o Chile. Os acordos com cada operador variam por país, mas podem incluir o pagamento de uma taxa anual e a divisão de receitas por serviços prestados.

Segundo Takkar, a parceria com a Datora não impede que a Vodafone faça investimentos diretos no Brasil, mas esse não é o objetivo da companhia no momento, apesar de rumores que indicavam, inclusive, uma possível oferta pela TIM, o que foi negado. "Não queremos chegar para dominar o mercado, ser uma operadora que atende clientes residenciais. Queremos dar melhor atendimento às empresas e o programa de parceiros é a melhor forma de fazer isso", disse.