Aquapolo adota IA para otimizar a produção de água de reuso industrial
Desde 2012, quando iniciou suas operações, a empresa já produziu mais de 120 bilhões de litros de água reciclada
Mercado & ConsumoA integração entre Inteligência Artificial (IA), machine learning e práticas de economia circular vem ganhando força no Brasil, e a Aquapolo faz parte desse movimento. Com foco no fornecimento sustentável para o Polo Petroquímico de Capuava e outras indústrias do ABC Paulista, o empreendimento avança com a adoção de tecnologias de IA para monitoramento, previsão e otimização da produção de água de reuso industrial.
Com o uso de IA, a Aquapolo consegue realizar análises preditivas baseadas em milhares de dados operacionais em tempo real, o que permite a otimização do consumo de energia, do uso de insumos químicos e dos processos de tratamento da água. O machine learning identifica padrões e anomalias no sistema, antecipando manutenções e reduzindo perdas operacionais, contribuindo diretamente para os princípios da economia circular.
“Com o apoio da IA, conseguimos tornar nosso sistema ainda mais eficiente e resiliente. A tecnologia nos ajuda a tomar decisões mais rápidas e precisas, garantindo a qualidade da água reciclada entregue à indústria e fortalecendo nossa missão de promover a sustentabilidade na prática”, afirma Márcio José, CEO da Aquapolo.
Desde 2012, quando iniciou suas operações, a Aquapolo já produziu mais de 120 bilhões de litros de água reciclada, evitando o uso de recursos hídricos naturais e contribuindo para a preservação dos mananciais da Região Metropolitana de São Paulo.
Para os próximos anos, a expectativa é que mais empresas do setor industrial adotem soluções baseadas em IA para ampliar o uso de água reciclada em seus processos produtivos. Com isso, o Brasil dá mais um passo rumo a uma economia de baixo carbono, regenerativa e baseada em ciclos sustentáveis.
Segundo a consultoria Markets and Markets, o mercado de Inteligência Artificial para gestão hídrica deve ultrapassar US$ 1,2 bilhão até 2027, impulsionado pela demanda por eficiência operacional e sustentabilidade. No Brasil, apenas 1% da água utilizada é reciclada, enquanto países como Singapura ultrapassam os 40% — uma lacuna que a tecnologia pode ajudar a reduzir rapidamente.