31/07/12 15h32

Araraquara é 10ª em ranking do Ciesp sobre exportações de 39 regiões

Folha da Cidade - Araraquara

A Diretoria Regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) em Araraquara ocupa a 10ª posição em ranking sobre a participação de 39 regiões paulistas nas exportações do Estado no primeiro semestre de 2012. No primeiro semestre, a pauta exportadora estadual foi de US$ 29,9 bilhões, responsáveis por 25,5% do montante vendido pelo Brasil no mercado global.
O Ranking foi elaborado pelo Departamento de Estudos e Pesquisas Econômicas (Depecon), em conjunto com o Departamento de Relações Exteriores (Derex) do Ciesp e da Fiesp, a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Os 17 municípios que compõem a Regional do Ciesp Araraquara aumentaram em 2,0% a remessa de produtos ao exterior, em relação ao montante exportado no 1º semestre de 2011. O volume passou de US$ 916,8 milhões para US$ 934,8 milhões em 2012.
As importações, por sua vez, registraram aumento de 21,9%, de US$ 217,4 milhões para US$ 264,9 milhões. Com isso, a corrente de comércio exterior da região apresentou elevação de 5,8% em 2012, passando de US$ 1,13 bilhão, em 2011, para US$ 1,20 bilhão em 2012. 
O saldo da balança comercial retraiu 4,2% no período, de US$ 699,4 milhões para US$ 669,9 milhões em 2012.
O município de Araraquara concentrou 57,8% das exportações da região. Destacaram-se: conservas de frutas, legumes e outros vegetais (US$ 394,9 milhões); produtos de lavouras temporárias (US$ 68,9 milhões) e produtos e preparados químicos diversos (US$ 47,6 milhões). Os principais destinos das mercadorias são: Países Baixos (38,3% do total exportado); China (18,7%) e Estados Unidos (10,9%).
No que tange às importações, o município de Araraquara concentra 51,4% dos produtos adquiridos pela região, com destaque para: componentes eletrônicos (US$ 74,8 milhões); laticínios (US$ 20,6 milhões) e geradores, transformadores e motores elétricos (US$ 6,1 milhões). Os principais países de onde são originados os produtos são: Suécia (57,7% do total importado); Uruguai (6,6%) e Argentina (5,8%).

Estado de São Paulo

Balança Comercial fechou o primeiro semestre de 2012 com déficit de US$ 10,3 bilhõesNo 1º semestre de 2012, o saldo da balança comercial do Estado de São Paulo foi deficitário em US$ 10,3 bilhões. Com uma corrente de comércio de US$ 70,1 bilhões no período, as transações comerciais do Estado representaram 31% do total negociado pelo Brasil no mercado global.
As exportações do Estado movimentaram US$ 29,9 bilhões, registrando aumento de 1,4% em relação ao primeiro semestre de 2011. Já o volume importado somou US$ 40,2 bilhões, um aumento de 0,9%, nos mesmos termos.

Brasil

Saldo comercial do primeiro semestre de 2012 foi superavitário em US$ 7,1 bilhõesAs exportações de produtos brasileiros no primeiro semestre de 2012 somaram US$ 117,2 bilhões, reduzindo em 0,9% sobre o primeiro semestre de 2011. Já a entrada de importados movimentou US$ 110,1 bilhões, um aumento de 4,6%, nos mesmos termos.
Com isso, o superávit comercial do Brasil encerrou o primeiro semestre de 2012 em US$ 7,1 bilhões, enquanto que o saldo da balança comercial do primeiro semestre de 2011 foi de US$ 13 bilhões, uma queda de 45,4%.
Já a corrente de comércio do Brasil somou US$ 227,4 bilhões no primeiro semestre de 2012, um aumento de 1,7% na comparação com o primeiro semestre de 2011.

Visão da Indústria

Para o presidente da Fiesp/Ciesp, Paulo Skaf, o recuo de 45% do superávit da balança comercial no primeiro semestre de 2012, em relação ao mesmo período de 2011, não está relacionado à falta de competitividade do produto brasileiro, mas do próprio País.  “O problema não está da porta para dentro das fábricas, mas no custo elevado da energia, do gás, na logística cara.”
Skaf relaciona outros fatores que dificultam o desempenho da indústria, como juros elevados e spreads bancários: “A taxa Selic está baixando, mas os spreads ainda são altos, aquilo que a indústria toma emprestado ainda é alto”.
A somatória de tudo isso, segundo ele, prejudica muito a competitividade do Brasil, e da indústria de transformação. “Por ser a indústria que transforma matérias-primas, ela tem fluxo mais demorado. Esses custos do Brasil pesam sobre ela muito mais do que em outros setores”, avalia.
O presidente da Fiesp/Ciesp lembra que a indústria foi uma das responsáveis pela rápida recuperação do Brasil na crise mundial de 2008/2009, e que hoje convive com a falta de isonomia para competir. “Hoje, a indústria manufatureira é o setor mais exposto aos fatores internos que seguram a sua produção e às desastrosas consequências do desalinhamento cambial que tivemos nos últimos anos”, considera Skaf.
Estimativas da Fiesp/Ciesp apontam que a atividade da indústria recue 0,8% em 2012.