30/01/09 11h00

Atacado ignora crise e aposta em crescimento

DCI - 30/01/2009

Mesmo com a crise financeira, os empresários do atacado creem que o ano será próspero, especialmente para o formato auto-serviço (cash & carry), conhecido informalmente por 'atacarejo', cuja movimentação global já superou R$ 105 bilhões (US$ 57.4 bilhões) ano passado, segundo estimativas prévias. Otimistas, diversas holdings como Pão de Açúcar (Assai), Carrefour (Atacadão), Wal-Mart (Maxxi), Grupo Pereira e Grupo Comercial Zaragoza aumentarão os esforços na expansão das operações como forma de melhorar a rentabilidade. Por ser considerada uma operação de baixo custo e oferecer poucos serviços, algumas redes esperam atrair 10% mais consumidor final este ano, roubando clientes do varejo. Para Carlos Eduardo Severini, presidente da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), o setor que responsável pelo abastecimento de 53,3% do canal alimentar no País poderá contabilizar crescimento real de 4% este ano, seguindo o rastro do Produto Interno Bruto (PIB). "O varejo está preocupado com os efeitos da crise e acaba adiando as compras. Não acredito que a redução de consumo será grande neste trimestre. O cenário deverá normalizar no segundo semestre", pondera Severini, também diretor do Tenda Atacado.