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Atividade gera renda de US$ 920,3 mil por ano

Gazeta Mercantil - 15/09/2008

Já não é de hoje que lavoura não é mais a única fonte de renda do produtor agrícola. Uma parcela significativa deles complementa a renda abrindo a porteira a visitantes para atividades turísticas. De acordo com estimativas da Associação Brasileira de Turismo Rural (Abraturr), cerca de 50% da renda embolsada pelos agricultores que se dedica ao turismo vêm da arte de receber pessoas em suas propriedades. Alguns conseguem receita ainda mais elevada, e suas lavouras e criações foram relegadas a segundo plano. Passaram a se dedicar integralmente ao turismo rural. A lavoura e a criação só é mantida para garantir a paisagem bucólica própria da zona rural. Segundo a vice-presidente da Associação, Andréia Roque Junqueira de Arantes, para uma fazenda abrir as porteiras aos turistas, "é necessário apenas fazer uma adequação nas instalações". O turismo rural se desenvolveu no campo brasileiro há cerca de 30 anos em Lages, região sul de Santa Catarina. Hoje, além de complementar o orçamento do produtor, o turismo rural contribui para reunir as famílias que, em busca de recursos, se dispersava em busca de empregos urbanos. As novas gerações, que quase sempre deixava a roça para tentar a vida na cidade, estão fazendo o caminho inverso. São os filhos dos primeiros empreendedores do campo que tocam esse agronegócio. A Associação Paulista de Turismo Rural (Abraturr SP) foi a última das quatorze associações estaduais a se fundar no Brasil. A demora não impediu que a Associação Paulista se tornasse a maior do país. São 1.100 empreendimentos de turismo rural cadastrados, e eles se dividem em turismo eqüestre, histórico, de agricultura familiar e turismo rural pedagógico. Baseado em estimativas ainda incipientes, a Abraturr SP calcula que os produtores do estado faturem cerca de R$ 1,5 milhão (US$ 920,3 mil) por ano, e isso sem o devido incentivo por parte do governo.