13/08/09 10h46

Aviação executiva retoma o fôlego no segundo semestre

DCI

As empresas especializadas na venda de produtos e serviços voltados aos aviões executivos (bimotores, jatos e helicópteros) acreditam que os ventos do segundo semestre serão mais animadores para a retomada dos negócios, depois da turbulência econômica que ocasionou retração na área comercial do setor este ano.

O ânimo das corporações ganha fôlego com a realização, na capital paulista, da Latin America Business Aviation Conference & Exhibition (Labace), que começa hoje e vai até dia 15 (sábado), em Congonhas. Realizada pela Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), a feira calcula vendas 10% maiores que as da edição anterior. O número é inferior aos 60% de incremento visto em 2008, mas a associação acredita no reaquecimento do mercado, apesar de ter revisto as metas do evento. O setor movimenta cerca de US$ 450 milhões no País e compõe uma frota superior a 1,6 mil aeronaves, 65% delas concentradas no Estado de São Paulo.

No caso da TAM Aviação Executiva - que deu início ao grupo TAM, na época em que se ainda chamava Táxi Aéreo Marília -, recuperam-se aos poucos as vendas de jatos e helicópteros. "Vamos nos beneficiar da retomada da economia. Voltaremos a crescer em 2010, com recuperação total até 2012", projetou Marco Antonio Bologna, CEO da TAM. O reaquecimento a que Bologna se refere é a comercialização de 35 aeronaves ainda este ano, número equivalente ao vendido em 2006. O executivo explicou que em 2009 não será possível repetir a marca dos 80 aviões vista em 2008, mas ele acredita que a partir da base de dois anos atrás será possível ascender a performance nos próximos três anos.

Na área de jatos, a TAM viu o cancelamento de 50% das encomendas em 2009, mas diz tratar-se apenas de um adiamento por parte dos compradores. A empresa confirmou que no primeiro semestre, levando em consideração todos os segmentos de aviões executivos que representa, finalizou 17 negócios, ante os 35 que deseja atingir. Além disso, para a companhia, o recuo no segmento de helicópteros foi ínfimo.

Ao se colocar como a maior empresa do mercado de aviação executiva do País, mineira Líder Aviação comemora a sociedade com a Bristow, de helicópteros, para atuar nas operações voltadas à indústria petrolífera. A empresa finalizou a venda de 12 aviões novos este ano, mas calcula atingir 40 vendas até o final de 2009. Para atender aos segmentos em que está de olho (ela também quer ampliar a atuação no agronegócio), a companhia comprou, por US$ 27 milhões, seu primeiro helicóptero de grande porte, da Sikorsky. Também ampliou sua base de operações em Curitiba (PR).

Outra companhia otimista com novos negócios é a Helibras, que se coloca como única fabricante de helicópteros da América Latina. No segmento de helicópteros, a empresa diz deter 46% do market share desse mercado.