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Axis amplia operações no Brasil

Valor Econômico - 02/07/2008

A Axis, fabricante sueca de câmeras de vídeo de segurança que usam tecnologia IP (protocolo de internet), pretende ampliar suas operações no Brasil. A empresa decidiu desmembrar a América do Sul de sua operação européia e investir diretamente na região diante do forte potencial de crescimento identificado nos mercados regionais, especialmente o brasileiro. "Queremos fazer crescer os negócios da região a partir do Brasil. Já abrimos posições para cinco profissionais de vendas e até o fim do ano devemos ter uma equipe de dez pessoas no país para atender o mercado local e os países vizinhos", afirma a vice-presidente mundial de vendas da empresa, Bodil Sonesson. Entre as estratégias da companhia para a região está a de fechar parcerias com desenvolvedoras de software locais. Atualmente, quatro empresas brasileiras fornecem programas para a Axis. No total, em todo o mundo, são mais de 500 parceiras nessa área. Segundo a gerente geral de vendas para a América do Sul da Axis, Alessandra Faria, a intenção é ampliar esse número. Embora não divulgue os números da operação no Brasil ou na região, Sonesson afirma que o país responde por cerca da metade dos negócios da América do Sul. O potencial de crescimento, diz ela, é superior ao verificado na Ásia porque a adoção de sistemas de vídeo de segurança por rede no Brasil é ainda mais limitado que nos países orientais. O mercado de segurança no país, diz Alessandra, deve crescer nos próximos anos. Em 2006, o setor movimentou US$ 67,4 milhões e este ano fechará com US$ 105,3 milhões. Para 2012, as expectativas são de vendas de US$ 221,8 milhões. De acordo com Alessandra, o desafio no Brasil é quebrar o conservadorismo das áreas de segurança de empresas e governos para promover a tecnologia de vídeo de segurança digital em rede. No mercado brasileiro, a Axis vê oportunidades em três segmentos, destacando-se o do governo. No primeiro momento, as câmeras da Axis vendidas no país continuarão a ser importadas. Segundo Alessandra, há "planos agressivos para o médio prazo" para a fabricação local.