18/06/20 11h15

Bancos aderem à linha de crédito a pequenas

A taxa dos empréstimos contratados no âmbito do Pronampe será equivalente a Selic, mais 1,25% ao ano

Jornal Cruzeiro do Sul

Os grandes bancos brasileiros decidiram aderir ao programa do governo Bolsonaro para socorrer micro e pequenas empresas na crise, o que pode ajudar a fazer esse dinheiro chegar à ponta, o que até agora não aconteceu. Itaú Unibanco e Caixa Econômica Federal oficializaram a participação na semana passada, enquanto Bradesco e Banco do Brasil também decidiram apoiar a linha.

A adesão dos pesos pesados ao Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) é visto como um processo natural. Na prática, porém, não garante sucesso à iniciativa. “Mesmo que tenha a adesão, não significa que a linha vai sair. A questão toda é o volume de contratações”, critica uma fonte de mercado, na condição de anonimato.

Enquanto do lado dos bancos pesam questões como os custos operacionais para colocar o programa de pé, para micro e pequenos empresários, a forma de contratação, reflexo do modelo desenhado, pode ser vista como “burocrática” e “lenta”, na visão desse porta-voz. Na Caixa, por exemplo, o pedido do empréstimo poderá ser feito pelos canais digitais, mas a assinatura do contrato ainda tem de ser no meio físico — ao menos nessa primeira fase.

A taxa dos empréstimos contratados no âmbito do Pronampe será equivalente a Selic, mais 1,25% ao ano. Como foi instituída por lei, não pode ser alterada a despeito da chiadeira dos bancos.