28/08/08 12h26

Bombril compra Milana por US$ 7,3 milhões

Valor Econômico - 28/08/2008

A Bombril iniciou neste mês uma temporada de aquisições que pretende levar até o fim de 2009. A primeira delas foi a Milana, empresa de Itaquaquecetuba (SP) que fabrica os produtos Lysoform no Brasil. O negócio fechado esta semana somou R$ 11,5 milhões (US$ 7,3 milhões). "Faremos outras compras para cumprir nossa meta de dobrar até o fim do ano que vem o portfólio de produtos com a marca Bombril", diz Gustavo Ramos, presidente da empresa. A companhia, que no ano passado tinha 170 itens, hoje tem 231 e pretende chegar a 340. A estratégia surpreende, uma vez que a Bombril fechou o primeiro trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 4,9 milhões (US$ 3,1 milhões), com queda de 73% em relação ao resultado obtido em igual período do ano passado. A mágica é a seguinte, conforme explica Marco Aurélio de Souza, diretor financeiro: "Vamos pagar as aquisições com a própria geração de caixa das empresas adquiridas." No caso dos produtos da linha Lysoform, que geram faturamento anual de R$ 12 milhões (US$ 7,6 milhões) ao ano, a meta já é chegar ao final deste ano com o dobro disso. O prédio da fábrica da Milana, em Itaquaquecetuba, não entrou no negócio. Apenas o maquinário, que será transferido para uma das unidades que a fabricante de produtos de limpeza tem, em São Bernardo do Campo, Sete Lagoas (MG) e em Abreu e Lima, na região metropolitana do Recife. "Esse maquinário está hoje funcionando com 50% da capacidade, em um turno. Podemos triplicar essa produção", diz Ramos. "Queremos reservar o caixa da empresa para outras oportunidades e para fomentar o crescimento de nossas linhas de produto", acrescenta o presidente. Uma dessas "outras oportunidades" seria a compra das fabricantes Revel, de Itupeva (SP), e Savon, de Feira de Santana (BA). As duas fabricam hoje o sabão em pó Tanto, lançado pela Bombril há três meses. "Nossa intenção era conseguir 5% do mercado de sabão em pó em 12 meses. Mas já estamos com 3,5%, o que nos surpreendeu muito", conta Ramos. Por isso, a produção do sabão Tanto deve ser expandida para outros dois fabricantes terceirizados ainda este ano.