17/06/09 11h24

Brasil amplia negócios com seus parceiros do BRIC

DCI

A crise econômica e as dificuldades enfrentadas pelos exportadores brasileiros estão mudando a geografia do destino das exportações do País, em processo cada vez mais rápido. Desta maneira, o aumento das relações comerciais com parceiros estratégicos, como Rússia, Índia e China, integrantes, junto com o Brasil, do BRIC, possibilitou uma forte inversão no sinal da balança comercial brasileira com esses três países, ao passar de déficit de US$ 1.781 bilhão para um superávit de US$ 2.757 bilhões, na comparação entre os cinco primeiros meses de 2008 e deste ano.

As compras feitas pelo Brasil de produtos dos três países, de acordo com as projeções da Pezco Consultoria, devem, na sua maioria, manter uma tendência de queda. Até o final do ano, a Rússia perderá 10% de suas exportações, enquanto a China terá uma queda em suas vendas de 15% e a Índia apresentará um crescimento de 5% em seu comércio. No caso do Brasil, conforme o estudo, o nível de exportações para o grupo permanecerá igual ao do ano passado.

A principal parceria comercial do Brasil acontece com a China, nação que apresenta o maior crescimento mundial e que atualmente, ocupa a primeira colocação no comércio bilateral brasileiro. Durante o mês de maio, o comércio bilateral com a China somou US$ 3.124 bilhões, sendo o saldo de US$ 996 milhões favorável ao Brasil em decorrência das exportações em US$ 2.060 bilhões e das importações de US$ 1.064 bilhões. A colocação chinesa como principal parceira comercial do Brasil poderá influenciar com maior intensidade a balança brasileira nos próximos meses, uma vez que o Brasil e a China irão comercializar seus produtos com suas moedas locais. O início das transações comerciais com a utilização Sistema de Moeda Local (SML), que elimina o dólar das transações comerciais, foi marcado para o mês de junho, em caráter experimental, e deverá ser apresentado em julho pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). A expansão do SML para os demais países do Bric tem sido largamente discutida durante as reuniões entre os chefes de estado dos países do grupo.