31/07/09 15h22

Brasileira aumenta compras na Avon e expansão é de 23% no 2º tri

Valor Econômico

A fabricante de cosméticos Avon registrou aumento de 23% nas vendas, em reais, no Brasil no segundo trimestre deste ano, em relação a igual período de 2008. Foi o melhor desempenho regional dentre os mais de 100 países em que a multinacional atua, superando até mesmo a China, que teve alta de 15%.

Mundialmente, as vendas da Avon caíram 10%, considerando as moedas locais, somando US$ 2,5 bilhões no período. Em dólar, houve crescimento internacional de 5%. No Brasil, se as vendas são calculadas na moeda americana, houve queda de 2%. "O resultado foi excepcional. Só tivemos percentual negativo em relação ao segundo trimestre de 2008 porque naquela época o dólar estava na casa dos R$ 1,59, ainda abaixo da atual cotação de R$ 1,96", explica Luis Felipe Miranda, presidente da Avon Brasil.

Além disso, houve o impacto dos custos da reestruturação que a companhia vem implementando mundialmente e também no continente. "Por aqui, essa reestruturação deve atingir apenas o modelo operacional, sem outros grandes reflexos", afirma o executivo, ao ser perguntado sobre a possibilidade de demissões. A Avon tem cerca de 6 mil funcionários no Brasil, além de 1,1 milhão de revendedoras. "Houve um crescimento de aproximadamente 100 mil pessoas no número de revendedoras e isso foi um dos motivos para o bom resultado que tivemos", explica Miranda.

Com um exército de representantes maior e os lançamentos feitos desde o início do ano (perfume Absynthe em parceria com o estilista Christian Lacroix, a linha de coloração para cabelos, a reformulação da linha de maquiagem e os novos produtos anti-idade Renew Rejuvenate), a Avon conseguiu, segundo Miranda, aumentar o tíquete médio gasto pelas consumidoras em cada compra. "Não posso divulgar esse número, mas as brasileiras estão gastando muito mais na hora de comprar Avon não por conta de preços mais altos, mas sim porque estão adquirindo mais produtos", diz o executivo.

A Avon Brasil, que fabrica no Brasil 99% dos produtos que vende, ainda tem capacidade de produção para suportar os aumentos de demanda ocorridos até agora e a possível manutenção desse ritmo durante o ano. No primeiro trimestre, a Avon teve um aumento de 15% no volume de vendas em unidades. "Se for preciso, temos acordo com fábricas que podem terceirizar a produção". Em comparação com outros países da América Latina, o Brasil teve um desempenho bem a frente dos outros mercado.