12/08/10 14h21

Brookfield mira novas aquisições

Valor Econômico – 12/08/10

A Brookfield - que enquanto ainda se chamava Brascan fez a primeira transação de porte no setor imobiliário entre duas companhias abertas, com a compra da Company em 2008 - é uma das candidatas à compra da incorpora Even, e chegou a negociar com a empresa recentemente, segundo apurou o Valor. O presidente da companhia, Nicholas Reade, afirmou ontem que a companhia está sempre estudando e analisando possibilidades de aquisições. "Não é questão de comprar apenas para ficar maior, precisa ser uma empresa complementar em negócios e filosofia empresarial", disse.

De acordo com fontes do setor, a empresa procura uma operação que garanta fôlego e ajude a melhorar os resultados. A Brookfield ganhou musculatura nos últimos dois anos, depois da compra da Company e da MB Engenharia, empresa com atuação no centro-oeste. Chegou ao grupo das cinco maiores em vendas e lançamentos - acima de R$ 1 bilhão (US$ 571,4 milhões) nos primeiros seis meses do ano - , mas com um nível de lucro mais próximo ao de empresas de menor porte. No primeiro trimestre do ano, o lucro líquido da companhia foi de R$ 52,7 milhões (US$ 30,1 milhões) - comparável ao de companhias de tamanho menor, como Eztec e Helbor.

No segundo trimestre - com a venda do prédio da Faria Lima por R$ 600 milhões (US$ 342,9 milhões) para o grupo Malzoni - a empresa alavancou seus resultados operacionais e financeiros. O lucro líquido da companhia, de abril a junho, foi de R$ 132 milhões (US$ 75,4 milhões), alta de 65,5% sobre o mesmo período do ano passado. Com despesas maiores, a margem líquida da empresa, no entanto, caiu de 15,1% no segundo trimestre do ano passado, para 11,1% este ano. A empresa já entregou este ano 14 projetos e R$ 512 milhões (US$ 292,6 milhões) em valor geral de vendas. Até o fim de 2010, espera entregar o equivalente a R$ 1,4 bilhão (US$ 800 milhões). No primeiro semestre de 2010, a receita líquida atingiu R$ 1,7 bilhão (US$ 971,4 milhões), alta de 111%, em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo Reade, a empresa vai continuar atuando no mercado de escritórios corporativos de grande porte, além do mercado residencial e de pequenas salas.