14/03/13 11h20

Campinas ganha hoje 1ª aceleradora de TI

Correio Popular

A Prefeitura de Campinas, o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) e o Núcleo Softex anunciam hoje a implantação da primeira aceleradora de empresas do País, que terá apoio municipal.

O projeto visa apoiar empresas iniciantes de produção de software e de serviços de tecnologia da informação, estimulando o empreendedorismo, a ampliação da base tecnológica, a consolidação de ecossistemas digitais e o surgimento de um ambiente favorável à pesquisa.

As aceleradoras existentes no País, em geral, têm apoio do governo federal ou estadual. A aceleradora de Campinas, que será operada pelo Núcleo Softex, vai selecionar dez empresas iniciantes - chamadas start-ups - que receberão toda a assessoria para se desenvolverem. Assim como o programa nacional, o TIMaior, lançado pela presidente Dilma Rousseff (PT) no ano passado, Prefeitura e Softex irão unir esforços para acelerar dez star-ups, direcionadas para o chamado ecossistema digital, que envolve cadeias de valor consideradas estratégicas na economia. As cadeias escolhidas por Campinas serão divulgadas hoje.

A aceleradora de empresas funciona como incubadora física ou à distância e pretende estimular empreendimentos a partir da captação de recursos e aproximação com o mercado, buscando melhorar a estrutura de comercialização e inserção do empreendedor em rede de contatos, propiciando a consolidação do negócio de forma mais acelerada. A aproximação de mercado é uma das funções mais importantes e, se for necessário, devesse contratar recursos humanos para realizar a interface entre a empresa e determinados setores. Mas uma aceleradora é diferente de uma incubadora. Incubadoras buscam apoiar pequenas empresas de acordo com alguma diretiva governamental ou regional, por exemplo, incentivando projetos de biotecnologia devido à proximidade de algum centro de pesquisa nessa área, ou fomentar a indústria de telecomunicações em uma região que precisa de expansão nesse setor. Já as aceleradoras são focadas não em uma necessidade prévia, mas sim em empresas que tenham o potencial para crescerem muito rápido. Justamente por isso, as aceleradoras buscam as start-ups escaláveis (e não somente uma pequena empresa promissora). Em geral, os projetos de aceleradoras exigem que o empreendedor inscreva seu projeto, que necessariamente precisa estar em andamento. A aceleradora seleciona as start-ups que mais se adéquam ao perfil exigido e então é criado um projeto de aceleração personalizado para cada empresa.

Durante um período de 3 a 6 meses, cada start-up terá seu modelo de negócio e operação otimizados usando a metodologia da aceleradora. Ao longo desse tempo, mentores e investidores avaliam o progresso da start-up através de reuniões e video-conferências. Se necessário, são feitos investimentos pontuais nos itens mais críticos para a start-up. Em troca, a start-up oferece um percentual para a Aceleradora.