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Carrefour quer exportar modelo de "atacarejo" ainda este ano

Gazeta Mercantil - 10/09/2008

O Grupo Carrefour deve começar ainda este ano a exportar seu modelo ‘atacarejo' (uma combinação de atacado com varejo), que opera através da rede Atacadão, adquirida no ano passado. "Temos participado de algumas rodadas de negócio e desenvolvido trabalhos na Índia, Rússia e China", afirma Roberto Mussnich, diretor do Atacadão. "Ainda neste ano, o Carrefour deve dar o ponto de partida com o modelo em alguns países", diz. A compra, segundo Mussnich, deu ânimo à equipe do Atacadão e praticamente dois anos depois da negociação a empresa se orgulha de não ter perdido nenhum de seus 15 mil funcionários. Mussnich, que já foi consultor do Carrefour, esteve presente em todo o disputado processo de aquisição do Atacadão. Segundo o executivo, o desafio agora é manter as diferenças, já que as duas empresas têm administrações independentes, mas aproveitando as sinergias. Se para o Atacadão ser incorporado significou ampliação de perspectivas, para o Carrefour a aquisição, além da entrada em um novo modelo de negócio e o acesso à classe C, significou a possibilidade de voltar ao primeiro lugar no ranking de maiores empresas feito pela Associação Brasileira de Supermercados. Ao eleger o Brasil como prioridade de investimentos, o Carrefour deu também à bandeira Atacadão posição de destaque na expansão do grupo. Até o final do ano o Atacadão deve ter participação de 34% no faturamento do Grupo Carrefour. Das inaugurações planejadas para 2009, metade devem ser da bandeira de ‘atacarejo'. A rede possui hoje 42 lojas em 11 estados. Este ano, das 12 inaugurações planejadas, seis já foram feitas, uma está marcada para amanhã, em Sapucaia - a primeira loja no Sul do País - e outra, na quinta-feira da próxima semana, em Aracaju, Sergipe. Para o próximo ano, outras 13 aberturas estão planejadas, com a entrada também no mercado do Norte do País. Em janeiro de 2009 vai inaugurar também um novo centro de distribuição (CD). Localizado na rodovia Castelo Branco, em São Paulo, o espaço terá 93 mil m, mais do que o dobro do CD da Vila Maria, na capital paulista, com 40 mil m.