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Carro Suzuki volta ao mercado brasileiro

Valor Econômico - 10/07/2008

Os carros da Suzuki estão de volta ao Brasil. A operação já está pronta. Com sede em São Paulo, a importação da marca ficará sob controle de um grupo brasileiro, do qual o empresário Eduardo Souza Ramos participa. Os primeiro veículos chegarão ao mercado em menos de dois meses. A nova estrutura de importação da marca da montadora japonesa não terá, entretanto, entre seus principais executivos, pessoas com experiência no setor automobilístico. A novidade é que os importadores foram buscar profissionais em dois setores distante do mundo dos automóveis: o comando da operação terá um executivo do mercado da moda e a área de vendas contará com uma executiva com experiência em companhia aérea. Souza Ramos, que é sócio da fábrica de veículos de outra empresa japonesa, a Mitsubishi, em Catalão (GO), explica que a operação da Suzuki será completamente separada da Mitsubishi. Segundo ele, trata-se de uma empresa completamente nova. As metas de vendas não são divulgadas, por enquanto. Entre os modelos que serão importados, há veículos da linha dos tradicionais utilitários esportivos, como a nova versão do Grand Vitara, que fez fama no país, e também automóveis. Representar essa marca não será uma tarefa difícil. A Suzuki deixou de atuar no mercado brasileiro em março de 2003. Mas manteve admiradores e reputação, principalmente entre jipeiros. O casamento é perfeito, já que o grupo Souza Ramos também é fã da linha off-road. A marca Suzuki no Brasil permaneceu, no entanto, no segmento de motocicletas. Desde 1992, a J Toledo Suzuki Motos do Brasil, uma empresa brasileira, detém o direito exclusivo da marca, com a produção das motos em Manaus, com apoio tecnológico da matriz, no Japão, e a administração em Jundiaí (SP). A linha de motos inclui das clássicas de alta cilindrada até as super esportivas de competição. No mundo, a Suzuki ocupa o 12º lugar entre os produtores de veículos. Existe uma possibilidade de os carros da marca também serem montados no Brasil. O mais provável é que o próprio importador invista numa estrutura industrial. Nesse caso, seria negociado um acordo para transferência de tecnologia da empresa japonesa, com capital brasileiro.