13/05/08 11h44

Cenário favorável garante melhor ano dos últimos cinco para o setor

Gazeta Mercantil - 13/05/2008

A Indústrias Romi acaba de encerrar o primeiro trimestre do ano com crescimento de quase 22% em sua receita, chegando a R$ 152,9 milhões (US$ 89,9 milhões), e 38% no lucro, somando R$ 25,9 milhões (US$ 15,2 milhões). Maior fabricante de ferramentas e injetoras de plástico do Brasil, a empresa viu o número de pedidos crescer em 16% em comparação a igual período do ano passado. Para dar conta dessa expansão a Romi captou R$ 230 milhões (US$ 119,2 milhões) em 2007, na Bovespa. Os planos incluem a construção de uma nova unidade. "Enquanto o mercado cresceu 16% neste primeiro trimestre nós ampliamos nossas vendas em 25%", disse Hermes Lago, diretor de comercialização de máquinas-ferramenta da Romi. E a Romi é apenas uma das indústrias que vivem o boom do setor de máquinas e equipamento. Este momento é único para esta indústria, que geralmente é a primeira a murchar no início de uma crise e última a florescer na recuperação da economia. Justamente por isso, o setor convive hoje com resultados que não via há pelo menos cinco anos. Só no primeiro bimestre o faturamento do segmento subiu cerca de 40% em relação a igual período de 2007 e o consumo aparente cresceu quase 50%, conforme dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq). Tudo isso, somado às notícias da conquista do grau de investimento e do lançamento da política industrial, colocam o setor de máquinas e equipamentos em estado de euforia completa o que poderá ser constatado nos corredores da próxima edição da Feira Internacional da Mecânica, que começa hoje e vai até sábado no Pavilhão de Exposição do Anhembi, em São Paulo. O evento já se destaca dentre as feiras que acontecem no Brasil por movimentar, em média, 10% do faturamento anual dessa indústria, que só em 2007 totalizou R$ 61,6 bilhões (US$ 31,9 bilhões) (cerca de 12,6% a mais que em 2006 e para este ano, a expectativa, é de um crescimento de 20%, segundo a Abimaq). Em março, a entidade anunciou que o setor de bens de capital deve investir este ano R$ 9,3 bilhões (US$ 5,5 bilhões), um volume também 20% maior que o verificado em 2007. Desse total, cerca de R$ 6 bilhões (US$ 3,5 bilhões) serão destinados à aquisição de máquinas e equipamentos para o próprio setor. Aproximadamente 37,9% serão investidos em modernização tecnológica, 33,7% na ampliação da capacidade de produção e 22,9% em reposição de máquinas obsoletas. O restante será aplicado em áreas diversas.