China isenta de visto brasileiros que ficarão até 30 dias no país
Medida deve facilitar as relações comerciais de São Paulo com o país asiático, segundo maior parceiro comercial do Estado
InvestSPO governo da China anunciou que vai isentar o visto de visitantes brasileiros que ficarão até 30 dias no país. O benefício valerá, a partir do mês que vem, para pessoas que viajarem a negócios, turismo, intercâmbio e visitas a familiares, por exemplo. A ideia é que a isenção vigore por um ano, de maneira experimental, e outros países também foram contemplados.
Para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo (SDE), que mantém um escritório em Xangai para apoiar a entrada de empresas paulistas no mercado asiático e atrair investimento estrangeiro, a notícia é positiva para a relação comercial entre a China e São Paulo. A unidade é administrada pela InvestSP, agência de promoção de investimentos vinculada à SDE.
“A isenção do visto pode facilitar, principalmente, a realização de missões internacionais, como as que fazemos com frequência com empresários paulistas para promover o Estado e apresentar oportunidades de negócios a investidores chineses”, afirma o diretor de escritório da InvestSP em Xangai, Inty Mendoza.
Relatório recente divulgado pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) indica que São Paulo é o estado brasileiro mais atrativo para investidores chineses e respondeu por quase 40% dos aportes feitos no Brasil nos últimos anos.
As equipes da SDE e da InvestSP também fazem a sondagem de mercado de vários projetos do Programa de Parcerias em Investimentos (PPI-SP) do Governo de SP, executado pela Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI). Por exemplo, o do Trem Intercidades (TIC) São Paulo-Campinas, cujo leilão foi vencido pelo consórcio C2 Mobilidade sobre Trilhos, que conta com a participação da chinesa CRRC.
Em 2024, a China foi o segundo maior parceiro comercial de São Paulo, atrás apenas dos Estados Unidos. A corrente de comércio com o país asiático (exportações + importações) chegou a quase US$ 25 bilhões.