07/12/10 10h37

Cia de Marcas investe em 2011 mais US$ 23,5 milhões

Valor Econômico

Há oito meses associada à InBrands, holding de moda do fundo PCP, a Richards vive sua maior expansão desde que foi fundada, em 1974. Os investimentos quadruplicaram neste ano e vão se manter no patamar de R$ 40 milhões (US$ 23,5 milhões) em 2011. Com o vento soprando a favor, a Cia de Marcas, dona da Richards, da Salinas e da Bintang, prevê chegar em 2015 com um faturamento na casa do R$ 1 bilhão (US$ 588 milhões). "Estou muito entusiasmado em trabalhar com a InBrands. É uma turma jovem, bem preparada. Eles são capitalizados e têm um ritmo acelerado. Isso me deu uma renovada", disse Ricardo Ferreira, fundador da Richards e membro do conselho de administração da InBrands. "Com a associação, nossa expansão está acontecendo mais rápido", observou Ferreira.

Richards, Salinas e Bintang estão recebendo investimento anual de R$ 40 milhões (US$ 23,5 milhões) para abertura e reforma de lojas. Somente neste ano, foram inauguradas e reformadas 12 lojas da Richards e 10 da Salinas. "Nossa média histórica é de três a quatro unidades por ano. Para 2010 e 2011, o investimento previsto é de R$ 80 milhões (US$ 47,1 milhões)", enumera Carlos André de Laurentis, diretor-geral da Cia de Marcas. Hoje, a Richards conta com 45 lojas próprias e 25 franquias. A Salinas tem 30 unidades, sendo a maior parte franquia. "Nossa estratégia para a Richards é abrir lojas próprias. Na Salinas, vamos mesclar, mas vamos dar mais prioridade para unidades próprias", diz Laurentis.

Com a abertura dos novos pontos de venda, a Cia das Marcas deve encerrar o ano com uma receita de R$ 300 milhões (US$ 176,5 milhões), sendo que R$ 240 milhões (US$ 141,2 milhões) vêm da Richards. Nos próximos cinco anos, a previsão é que a Cia de Marcas atinja um faturamento de R$ 1 bilhão (US$ 588 milhões). O carro-chefe continuará sendo a Richards, representando R$ 700 milhões (US$ 411,8 milhões) da receita total do grupo. Com a Cia de Marcas, o faturamento da InBrands deve ser de R$ 540 milhões (US$ 317,7 milhões) neste ano.

Entre os projetos vislumbrados por Ferreira está a abertura de lojas da Richards na América Latina e o aumento das exportações da Salinas, que faz moda praia, a partir de 2012. "Antes desses projetos, precisamos aumentar nossa demanda interna e conseguir importar tecidos e outros materiais em grandes quantidades para ter escala e oferecer um custo acessível", disse Ferreira. Ele explica que hoje não há variedade maior de produtos porque o custo dos tecidos diferenciados no Brasil é elevado e não há escala suficiente para importar.