03/08/09 11h49

Cidades do litoral de SP planejam crescer com os negócios do pré-sal

Valor Econômico

Mesmo que não recebam receitas diretas dos royalties relativas aos campos ainda não licitados, com a provável mudança do modelo de exploração do pré-sal para o sistema de partilha, as cidades da Baixada Santista acreditam que vão viver um forte crescimento econômico nos próximos anos com o salto da produção de petróleo e gás na Bacia de Santos. Para isso, os municípios da região estão preparando terreno com o desenvolvimento de projetos que atendam às necessidades da atividade, como aeroportos, estaleiros e áreas de apoio ao porto. Locais com instalações ligadas à produção de petróleo e gás têm direito a royalties segundo a legislação atual.

Santos receberá a sede da unidade de negócio da Petrobras. O município do Guarujá já investe em um aeroporto e quer instalar uma base de suprimento a plataformas. Cubatão pretende receber um estaleiro, assim como Bertioga e Peruíbe. Praia Grande está empenhada em viabilizar a construção de um aeroporto e de um condomínio industrial. São Vicente e Mongaguá também se organizam para destinar áreas a indústrias. Itanhaém quer investir em melhorias em seu aeroporto e abrigar um retroporto, área de atividades de apoio ao porto.

A maioria das nove cidades que compõem a região tem o turismo como sua principal atividade, mas devem ter o perfil da sua economia radicalmente alterado em poucos anos com o setor de petróleo e gás assumindo o primeiro lugar como fonte de receitas. As prefeituras ainda não arriscam projeções sobre o crescimento na arrecadação, mas o projeto de investimento da Petrobras na Bacia de Santos prevê a aplicação de US$ 18,6 bilhões nos campos do pré-sal até 2013. O bloco Carioca está localizado no litoral paulista e, como é uma área já licitada e regida pela lei atual, deve render pagamento de royalties e participações especiais.