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Colony Capital faz parceria com Metágora

Valor Econômico - 18/09/2008

Um charmoso resort na paradisíaca Costa Esmeralda, na Sardenha, têm o mesmo sócio que o parque temático do megalômano cantor Michael Jackson ou que o gigante varejista francês Carrefour. Negócios tão distintos quanto esses têm em comum o aporte realizado pela Colony Capital, administradora de recursos de Los Angeles com foco na área imobiliária e ativos de US$ 39 bilhões. O grupo, dono de 11 fundos de private equity, está chegando ao Brasil - escolhido para ser a porta de entrada na América do Sul e nos países africanos de língua portuguesa. Com um histórico de investimentos em empresas com forte lastro imobiliário - os fundos da Colony possuem participação de 20% no grupo de hotéis Accor e 9,1% na rede Carrefour - e de empreendimentos menos óbvios, como cassinos e vinhedos, o Colony aparece como a quinta maior empresa de private equity imobiliária do mundo, segundo ranking da Private Equity Real State Magazine. Está atrás do Blackstone Group, Morgan Stanley Real State, Tishman Speyer e Goldman Sachs Real State, mas ultrapassa nomes de peso, como Carlyle Group, La Salle e CB Richard Ellis. A Colony chega ao país através de uma parceria com uma empresa embrionária: a Metágora. Com um ano de vida, é o braço de planejamento e desenvolvimento imobiliário do grupo brasileiro de arquitetura De Fournier, com 20 anos de atividades e foco em resorts no Brasil e exterior, como Arenella, na Sicília, Cipriani/Mantra em Punta del Leste, Sauípe e Jurerê Internacional. "Nós vemos o Brasil como um mercado com os melhores cenários, como tamanho, liquidez, potencial de crescimento e vantagem competitiva", disse, por e-mail, Jonathan Grunzweig, responsável pela área de investimentos. A forte presença no Brasil de companhias do seu portfólio de investimentos, como Carrefour e Accor, também incentivaram a vinda. A Colony e a parceira Metágora já começaram a prospectar projetos de porte substancial em todo o Brasil, mas não há nada fechado. Anwar Nassar, sócio da Metágora, diz que no radar da companhia estão todos os tipos de investimentos que a empresa tem lá fora, como residenciais de luxo, hotéis, prédios de escritórios e, também, imóveis mais típicos do mercado brasileiro, como os condomínios de galpões.