Mercado Livre e Shopee concentram 54% da ocupação de galpões logísticos no Brasil
Bridgestone do Brasil também se destaca com o maior galpão, que possui 116,5 mil m² no município de Mauá
Mercado e ConsumoMercado Livre e Shopee respondem por 54% da ocupação no setor de galpões logísticos no Brasil, de acordo com um levantamento da Cushman & Wakefield. O marketplace argentino conta com três empreendimentos, dois em São Paulo (Guarulhos e Embu) e um em Minas Gerais (Extrema), que somam quase 260 mil m². Já a plataforma asiática possui um galpão de 74,4 mil m² em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. A fabricante de pneus Bridgestone do Brasil também se destaca, com o maior galpão: 116,5 mil m² no município de Mauá.
O levantamento da Cushman & Wakefield mostra que a absorção líquida, de 618,2 mil m², foi 213,2% maior do que a do primeiro trimestre (197,4 mil m²). Em relação ao segundo trimestre do ano passado (645,4 mil m²), houve queda de 4,2%, mas a taxa de vacância dos galpões recuou para 8,74%, ante 10,09% no primeiro trimestre deste ano e 9,38% no mesmo período de 2023.
“Apesar da Selic em 15% e de um IPCA ainda pressionado, o setor logístico segue em trajetória de expansão”, afirmou o gerente da divisão de industrial e logística da Cushman & Wakefield, Paulo Sampaio. “O segundo trimestre foi especialmente dinâmico, com ocupações relevantes e forte giro de contratos.” Na avaliação da empresa, o resultado reflete uma “combinação de retomada nas cadeias de abastecimento, crescimento do consumo e movimentos estratégicos de empresas em busca de eficiência logística”.
Setores que lideram
Além do comércio, que lidera entre as transações, os operadores logísticos responderam por 125,8 mil m². Em seguida, aparecem a indústria automobilística (119,7 mil m²) e empresas de ciência e tecnologia (82,8 mil m²).
Entre as principais locações do segundo trimestre, a maior é da fabricante de pneus Bridgestone do Brasil, com um galpão de 116,5 mil m² no município de Mauá, no Grande ABC paulista. O Mercado Livre tem três empreendimentos, dois em São Paulo (Guarulhos e Embu) e um em Minas Gerais (Extrema), que somam quase 260 mil m². Já a Shopee conta com um galpão de 74,4 mil m² em São Bernardo do Campo, também no ABC, onde a taxa de vacância está bem abaixo da média nacional, em 2,37%.
O Estado de São Paulo concentrou 76% da absorção líquida no país, com 471,2 mil m². A absorção bruta saltou de 95,2 mil m² no primeiro trimestre para 665,4 mil m² no segundo. As regiões com maior absorção foram ABC (220,7 mil m²), Guarulhos (91,5 mil m²) e Embu (85,9 mil m²), com destaque também para Jundiaí, Atibaia, Cajamar, Barueri e Campinas.
Minas Gerais registrou 143,6 mil m², enquanto o Rio de Janeiro teve resultado negativo, com retração de 7,2 mil m² e taxa de vacância de 14,82%. A taxa de Minas ficou em 5,32%. Entre os principais novos empreendimentos previstos para este ano, três estão em São Paulo (Franco da Rocha, Guarulhos e Ribeirão Preto), dois em Minas (Contagem e Extrema) e um no Ceará (Fortaleza).
O levantamento também mostra aumento nos valores médios de locação. A média nacional foi de R$ 26,62 por metro quadrado, subindo para R$ 28,44 em São Paulo – e chegando a R$ 41,23 na capital. Em Minas, o valor está próximo da média nacional (R$ 26,87), enquanto no Rio é mais baixo: R$ 22,31.