Com R$ 6,4 bilhões, Embraer lidera investimentos na região, diz Seade

A Embraer foi a empresa que mais investiu no Vale do Paraíba desde 2012, com 23% do total aportado na região, segundo a Piesp (Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado de São Paulo), da Fundação Seade.

A fabricante de aviões criada em São José dos Campos confirmou R$ 6,47 bilhões em investimentos.

Entre 2012 e setembro de 2019 (terceiro trimestre), a RMVale registra R$ 27,5 bilhões em investimentos anunciados e confirmados, todos com os valores informados.

Nesse período de sete anos e nove meses, a Piesp registra 293 investimentos confirmados para o Vale, sendo que 201 deles (69%) informaram o valor dos recursos, e outros 92 (31%) não divulgaram.

Os 201 empreendimentos com o valor anunciado foram realizados por 140 empresas, das quais a Embraer lidera com quase o dobro da segunda colocada, a Novelis, de Pindamonhangaba.

Do segmento de alumínio, a empresa aportou R$ 4 bilhões (14,5% do total) no Vale desde 2012 para expansão e modernização da produção.

A Embraer aplicou seus recursos no desenvolvimento de novos jatos e na expansão da unidade de Eugênio de Melo, na zona leste de São José, inaugurada nesta semana.

Depois aparece o Consórcio Litoral Norte, responsável pela duplicação do trecho de Serra da Rodovia dos Tamoios. O grupo investiu R$ 2,90 bilhões.

Na quarta posição, a montadora chinesa Caoa Chery aplicou R$ 1,62 bilhão (6%) em Jacareí para a construção e ampliação da fábrica.

No total, as 10 empresas com os maiores investimentos no Vale foram responsáveis por R$ 21,1 bilhões desde 2012 (76% do total da região).

Nesse grupo, entram a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), Volkswagen (Taubaté), AGC Vidros (Guaratinguetá), Visiona Tecnologia Espacial (São José), Gerdau (Pindamonhangaba e São José) e Sany Heavy Industry (Jacareí).

‘Investimento é dinheiro que entra no setor produtivo’, segundo análise de economista

O Vale atraiu R$ 27,5 bilhões em investimentos anunciados e confirmados, todos com os valores informados, de janeiro de 2012 a setembro de 2019. Para analistas, os recursos são bem-vindos.

“Investimento é dinheiro vivo que entra no setor produtivo. A crise derrubou esse cenário no Vale do Paraíba, região mais dependente do setor industrial”, disse o economista Edson Trajano, pesquisador do Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais), da Unitau (Universidade de Taubaté).

“Com um parque industrial consolidado, base tecnológica inovadora e forte presença acadêmica, o Vale é um polo de atração de investimentos”, diz Agliberto Chagas, professor de Inovação e Empreendedorismo da Fatec e consultor.