21/03/13 10h55

Comércio eletrônico deve crescer 24%

Brasil Econômico

Expectativa da e-bit é que receita do setor chegue a R$ 28 bi neste ano no Brasil

As vendas no comércio eletrônico brasileiro devem atingir R$ 28 bilhões neste ano, quando o segmento pode superar 50 milhões de consumidores, conforme projeções traçadas pela empresa especializada emdados do setor, e-bit.

“A tendência é que o ano apresente resultado melhor que 2012 em virtude da retomada do crescimento econômico e da aceleração das vendas de dispositivos móveis como tablets e smartphones”, afirma a e-bit.

A previsão para 2013 representa crescimento de cerca de 24% sobre os R$ 22,5 bilhões em 2012, excluindo serviços e ofertas em sites de compras coletivas, por exemplo.

O número de consumidores virtuais também deve saltar neste ano, superando 50 milhões de pessoas, segundo o diretor geral da e-bit, Pedro Guasti. Atualmente, 42,2 milhões de consumidores já realizaram uma compra online no Brasil.

O resultado do ano passado foi impulsionado pelo desempenho de vendas no segundo semestre, que concentrou datas comemorativas como Dia dos Pais, Dia das Crianças e Natal — data mais importante para o varejo, cujo faturamento do comércio eletrônico de 2012 atingiu R$ 3,06 bilhões. Além disso, houve a edição brasileira da Black Friday, cujas vendas somaram R$ 243,8 milhões em 24 horas.

No ano passado, o setor de eletrodomésticos liderou as vendas online, com 12,4% do total, seguido por moda e acessórios (12,2%) e saúde, beleza e medicamentos (12%). "O segmento de moda e acessórios vem crescendo muito rapidamente... assim como saúde, beleza e medicamentos também vem ganhando participação", afirma Guasti.

Em uma análise mais ampla, na qual a e-bit consolidou todo o comércio digital, o faturamento totalizou R$ 49,7 bilhões em 2012, abrangendo vendas de passagens aéreas, ingressos, turismo, market places (locais destinados ao comércio de bens e serviços) e em sites de compras coletivas, além das vendas de bens de consumo, que somaram R$ 22,5 bilhões.

Em todo o ano passado, os sites de compras coletivas tiveram faturamento de R$ 1,65 bilhão, alta de 8% ante 2011. Já as vendas de passagens aéreas, turismo e ingressos alcançaram R$ 18,9 bilhões, enquanto a comercialização em market places somou R$ 6,58 bilhões.

Menor tíquete médio
Em sentido contrário ao desempenho das vendas, o tíquete médio no comércio eletrônico diminuiu no ano passado em relação a 2011, passando de R$ 346 para R$ 342. "O tíquete médio é alavancado pelas categorias de eletroeletrônicos, informática e telefonia", diz Guasti. "Quando outras categorias emergentes ganham espaço, o tíquete médio cai, mas isso não é ruim", acrescenta, referindo-se a itens de consumo recorrente, como vestuário e acessório.

A estimativa é de que o tíquete médio fique em 350 reais neste ano. Guasti também destacou a relevância da isenção de frete por parte das varejistas como forma de favorecer as vendas. “O frete grátis continua sendo o grande alavancador de vendas”, disse. Dos 66,7 milhões de pedidos realizados em 2012 no comércio eletrônico, 54% tiveram frete grátis, gerando uma economia de R$ 1,09 bilhão aos bolsos dos brasileiros.