Comperj é criado com seis companhias

Valor Econômico - 06/02/2009

Com a criação de seis empresas para cada uma das áreas de produção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), a Petrobras montou a estrutura jurídica do polo cuja construção está avaliada em US$ 8,4 bilhões. Abriu também uma vitrine de opções para que os potenciais sócios no projeto possam fazer suas escolhas. Localizado no município de Itaboraí, região metropolitana do Rio, o Comperj é uma das principais obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Com a terraplenagem em andamento, o complexo tem previsão de operar no fim de 2012. A primeira das seis empresas, todas sociedades anônimas, é a Comperj Participações, uma holding que controlará as demais cinco empresas. A Comperj Produtos Básicos será a controladora da refinaria que processará 150 mil barris de óleo pesado por dia para gerar os insumos petroquímicos, principalmente eteno e propeno. A Comperj PET vai fabricar produtos da cadeia do poliéster e a matéria-prima para garrafas plásticas (PTA e PET). Também produzirá paraxileno, o insumo básico da cadeia do PET/poliéster. A Comperj Estirênico, produtora de estireno um item usado na produção de borracha sintética e o poliestireno, uma resina plástica encontrada em geladeiras e TVs. A Comperj MEG, produtora de etileno glicol e de óxido de eteno, usados em solventes e outros químicos, e a Comperj Poliolefinas, produtora de polipropileno e polietileno, as principais resinas termoplásticas, compõem as empresas do complexo. Inicialmente, a Petrobras controlará todas as companhias, mas a intenção é atrair sócios para o empreendimento. A Quattor, petroquímica controlada pela Unipar (60%) e a própria Petrobras (40%), é a principal candidata a dividir o controle da Comperj Poliolefinas. O grupo Ultra, primeiro a sugerir a criação de um polo petroquímico no Rio com base no refino de óleo pesado, já manifestou a intenção de ficar apenas nas áreas afins com sua linha atual - seu nicho natural é a Comperj MEG. A Comperj Estirênico tem o grupo Unigel, dono da Companhia Brasileira de Estireno (CBE) que adquiriu a planta de estireno da Dow na Bahia, como um sócio potencial.