16/10/18 12h08

Conexão Start-Up Brasil vai investir R$ 10 milhões em novos empreendedores

Assinatura de Acordo de Cooperação Técnica entre MCTIC e ABDI foi feita nesta segunda-feira (15), na abertura da Futurecom, em São Paulo

ABDI

*Gabriel Fialho

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) formalizaram uma parceria para criar o Programa Conexão Start-Up Brasil, nesta segunda-feira (15). A assinatura do Acordo de Cooperação técnica foi feita na abertura da Futurecom, evento de Tecnologia da Informação e Telecomunicações, em São Paulo.

A previsão é que o programa, que conta ainda com a parceria da Softex e do CNPQ, seja lançado em novembro. Serão cinco chamadas, uma para cada região do país, com um valor que supera R$ 10 milhões. O objetivo é atender a uma demanda do setor produtivo por fornecedores em estágio inicial de pesquisa. “Queremos estimular e capacitar 500 empreendedores e gerar cerca de 100 startups de base tecnológica. Verificamos a necessidade de fortalecer o ecossistema de startups em fase embrionária para continuarmos a gerar soluções para a indústria”, explica Guto Ferreira, presidente da ABDI.

O Conexão Start-Up Brasil, que está em fase de planejamento, surge da experiência do MCTIC e da ABDI com projetos de aproximação entre as empresas e as indústrias. O ministro Gilberto Kassab destacou a importância de unir as competências dos dois órgãos. “O acordo vai nos trazer a oportunidade de ter mais celeridade nas parcerias estabelecidas, a Agência tem mais agilidade, vai trazer eficiência às políticas públicas, aos projetos e fazer com que a gente tenha a inovação no Brasil com uma transformação adequada”, disse.

O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge, também participou da cerimônia de assinatura do Acordo de Cooperação Técnica e ressaltou o trabalho do governo na busca por inovação. Ele deu o exemplo do Programa Brasil Mais Produtivo, que levou manufatura enxuta para três mil empresas, aumentando a produtividade média em 52%.

“Quero reforçar o nosso papel e compromisso de estar à frente das ações que buscam aliar inovação e o desenvolvimento da indústria. Temos que investir em projetos que aumentem a nossa produtividade, para garantir uma indústria mais forte e competitiva. Para isso, o Brasil precisa promover transformações tecnológicas eficientes, de qualidade e orientadas para a redução de custos”, afirmou Marcos Jorge.

O programa vem sendo construído há quase dois anos pelo Ministério e pela Agência. A aproximação ocorreu no Conexão Startup Indústria da ABDI e no último edital do Start-Up Brasil do MCTIC, que são ações que ajudaram a consolidar e a difundir conceitos, metodologias de validação de produtos e serviços, modelos de negócios escaláveis e na entrada de startups no setor industrial.

“Verificamos que a fase que ambos os programas anteriores estavam concentrados está um pouco esgotada, o setor privado ataca muito esta etapa e há outros programas de governo para startups formadas. Hoje há uma carência de empresas com qualidade de inovação e o que a gente fez foi trabalhar um novo programa para gerar estas empresas”, detalhou Otávio Caixeta, diretor da Secretaria de Políticas Digitais do MCTIC.

Os empreendedores que forem selecionados nos editais vão passar por um processo de ideação e capacitação, além de receber os recursos financeiros previstos nas chamadas públicas.