01/07/09 10h38

Confiança da indústria é a maior desde outubro, diz FGV

O Estado de S. Paulo

Impulsionada pelo mercado interno e pelas medidas de redução de impostos para bens duráveis, como veículos, eletrodomésticos e materiais de construção, a recuperação da indústria de transformação se acelerou no segundo trimestre. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), uma espécie de indicador antecedente do ritmo de atividade da indústria, atingiu em junho 93,8 pontos, o maior nível desde outubro do ano passado. Em relação a maio, o acréscimo em junho foi de 4,8%. Entre abril e junho, o ICI aumentou 16,8% na comparação com primeiro trimestre e superou o nível atingido no último trimestre do ano passado.

"O nível de produção da indústria ainda é fraco e está abaixo do potencial, mas ganha força mês a mês", afirma o coordenador da Sondagem da Indústria de Transformação da FGV, Aloisio Campelo, ponderando que há ainda incertezas, reveladas por outros resultados da sondagem. Na opinião do economista, o ICI deverá voltar à média histórica (99,1) no terceiro trimestre. O ICI é um indicador que sintetiza o comportamento da indústria e leva em conta sentimento dos empresários sobre demanda, estoques e a situação atual do negócios, além expectativas de emprego e produção para três meses e de negócios para seis meses.

Os dados da sondagem, que consultou 1.062 indústrias em junho, mostram que o estoque, a variável chave, já voltou ao patamar normal, especialmente no caso dos bens duráveis e dos materiais de construção, segmentos que tiveram o consumo incentivado pela redução de impostos. A parcela de empresas que declaram estar com estoques excessivos diminuiu de 14,1% em maio para 12,4% em junho, o menor porcentual desde outubro de 2008 (7,9%).